O atraso na construção das casas ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em São Gonçalo, é mais um episódio que vem comprovar a forma “atabalhoada” como o Governo Regional tem vindo a gerir todo este processo, acabando, uma vez mais, por não cumprir aquilo que havia prometido aos madeirenses.
É desta forma que o PS-Madeira reage à notícia que dá conta da paragem da obra de construção de 54 fogos habitacionais, cuja conclusão estava prevista para setembro deste ano, mas que, à conta dos desentendimentos entre a Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM) e a empresa construtora, terá de ser recalendarizada, com o lançamento de um novo concurso público, que obrigará a que as casas só fiquem prontas no final do primeiro semestre de 2026, ou seja, quase dois anos depois.
“Mais uma vez, fica à vista de todos a trapalhada deste Governo na gestão destas importantes verbas, através das quais será possível construir a habitação que os Executivos de Miguel Albuquerque têm descurado”, afirma Paulo Cafôfo, sublinhando que, se não fosse o dinheiro do PRR, negociado pelo ex-primeiro-ministro António Costa, não haveria qualquer habitação pública a ser edificada na Região.
“Nem com o dinheiro que lhe cai no colo este Governo é capaz de cumprir o que promete”, dispara o presidente dos socialistas madeirenses, acrescentando que, à conta de mais esta situação, poderão estar em causa as verbas da União Europeia e sublinhando que a resolução das carências habitacionais dos madeirenses não pode estar à mercê da litigância entre a IHM e as empresas construtoras.
Paulo Cafôfo reforça que só à conta do dinheiro que Miguel Albuquerque inicialmente ridicularizou é que foi possível avançar com a construção de novas casas, mas chama a atenção para o facto de, nem assim, o Governo Regional ser capaz de honrar os seus compromissos. A prova disso, evidencia, é o facto de, primeiramente, ter sido prometida a construção de 1.121 fogos habitacionais, pretensão que, entretanto, caiu por terra, estando agora previstas 805 habitações e, mesmo assim, nem haver certezas de que também essas sejam concretizadas.
“A habitação é o principal problema que os madeirenses enfrentam atualmente e exige-se seriedade na resolução das carências existentes e rigor na gestão dos dinheiros públicos”, remata o presidente do PS-Madeira.