Carlos Pereira afirmou que “os empresários fazem escolhas todos os dias, naturalmente, para uma imensa panóplia de possibilidades, por esse mundo fora, bem como na Europa. Por isso, a forma como olhamos e apreciamos este tema das offshores e das jurisdições fiscalmente mais competitivas deve ser com a objetividade certa, com o realismo adequado, para podermos defender os nossos interesses, os interesses do país”.
Disse, ainda, que a problemática das jurisdições fiscalmente competitivas é, obviamente, uma realidade que há que ter em conta, uma vez que é preciso uma nova ordem global, que permita protelar esta questão, podendo minimizar os efeitos perversos. Assim, o país deve estar empenhado nesta, complexa, questão, mas deve defender uma abordagem no quadro europeu tal como o PS sempre defendeu, permitindo uma solução global.
O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS na Assembleia da República realçou que espera, ainda, que Portugal, no altar de uma dialética política compreensiva, no plano europeu e no plano global, não esteja disponível para sacrificar a Zona Franca da Madeira a troco de nada.
Deu, ainda, como exemplo: “No dia em que a empresa X ou Y não se instalar na Madeira, essa empresa instala-se em Malta, no Luxemburgo, na Holanda. E como é que isso se explica ao mecânico, às famílias que arrendam escritórios e apartamentos às empresas sediadas na praça, a quem trabalha no CINM? Faremos tudo isso apenas porque somos de inabaladas convicções'”, questionou.
Por fim, Carlos Pereira salientou que tem uma fundada esperança de que o país “não fará da Zona Franca da Madeira uma vítima”.