Na ocasião, o parlamentar madeirense referiu-se ao facto de a sustentabilidade ambiental ser um fator diferenciador e de procura por parte do turismo mundial, constatando que hoje vivem-se tempos de incerteza quanto ao futuro, já que é muito difícil o setor turístico superar o medo da pandemia que levou a mudanças profundas nos hábitos da nossa sociedade.
«O momento que se vive hoje mudou possivelmente os destinos turísticos e o que procura o turista, pelo que o turismo sustentável, um turismo mais ecológico, mais rural, mais autêntico terá uma maior procura nos próximos tempos», afirmou Olavo Câmara.
O deputado socialista apontou o facto de o nosso país ter na natureza, nos nossos ecossistemas, na nossa floresta, na nossa agricultura e na diversidade territorial, com dois arquipélagos, grandes aliados para desenvolver este tipo de turismo.
Nesse sentido, questionou «de que forma é que estão a ser canalizados estratégias, políticas e fundos para a proteção da natureza e para o seu desenvolvimento, de maneira a que haja uma maior diversidade na oferta dos territórios, colocando o turismo ecológico como um fator de atratividade e complemento à oferta natural existente. Tudo isto, disse, aliado às atividades que já são típicas e praticadas em cada região, como a agricultura, o pastoreio, a silvicultura, entre outras. Esta conjugação confere uma maior atratividade e desenvolvimento a toda a região, não só em termos económicos, mas também no que se refere à conservação dos ecossistemas locais.
Olavo Câmara questionou o ministro do Ambiente sobre como podemos valorizar os ecossistemas insulares – da Madeira e dos Açores – acrescentando assim também valor a todo o território nacional. Na resposta, o governante referiu que esta é uma matéria da responsabilidade dos governos regionais, mas disse estar disponível para reunir-se com os executivos das regiões e ver de que forma é que pretendem intervir nestas áreas. O ministro mostrou abertura para eventual financiamento nacional, à semelhança do que já aconteceu no passado, nomeadamente no plano de ação para a economia circular na Madeira.