O candidato do Partido Socialista à presidência da Câmara Municipal do Porto Santo defende que é necessário criar uma Estratégia Municipal de Turismo naquela ilha, garantindo a qualidade e a segurança do destino, de forma a contrariar e prevenir a ocorrência de acontecimentos como os atos de vandalismo que se têm registado nos últimos dias.
Em conferência de imprensa realizada hoje por via eletrónica, Miguel Brito referiu-se à grande afluência de pessoas nesta altura do ano à ‘ilha dourada’, fator positivo e que ajuda a dinamizar a economia, mas apontou o desafio de garantir que todos, jovens e menos jovens, possam desfrutar do Porto Santo com qualidade.
“O Porto Santo não pode continuar a ser projetado como um destino de férias onde ocorrem distúrbios e atos de vandalismo durante o mês de agosto, como acontece há anos. O nosso cartaz de visita no mês de agosto não pode ser o de uma noite descontrolada, desordenada e muito menos desqualificada. Temos de fazer equivaler o melhor destino de praia da Europa a um destino de eleição e, principalmente, a um destino de qualidade”, afirmou.
Miguel Brito defendeu a mobilização de recursos para analisar a situação, identificar os problemas e definir um plano de férias seguras no Porto Santo, em articulação com a Proteção Civil e todas as autoridades na ilha, “porque a situação repete-se todos os anos” e não pode continuar. Face ao elevado número de pessoas e carros na ilha durante o verão, o candidato entende que a Câmara Municipal deve ter um papel proativo na definição da segurança, sendo que, para isso, é preciso reunir as entidades locais para planear e organizar com antecedência a grande afluência de turistas.
“Não podemos ficar sentados à espera que haja distúrbios para agirmos”, afirmou o socialista, defendendo uma Estratégia Municipal de Turismo, em parceria com o tecido associativo empresarial, a Associação de Promoção da Madeira e todas as entidades de segurança e proteção, que inclua um Plano de Férias Seguras para todos. Isto porque, do seu ponto de vista, embora seja fundamental, o reforço policial não é suficiente.
“Nós estamos aqui a lidar com um problema de comportamentos de risco, no caso dos jovens madeirenses que nos visitam em agosto, pelo que precisamos de uma intervenção pedagógica prévia para a promoção de férias seguras para todos, até junto de escolas da ilha da Madeira”, afirmou.
Miguel Brito considera também que falta no Porto Santo uma agenda de eventos de base familiar que promova a qualidade e uma imagem positiva do destino, com segurança para todos, rematando que “cabe ao presidente da Câmara, como autoridade local da Proteção Civil, ser promotor da segurança necessária e, para isso, dinamizar uma estratégia municipal de turismo com os parceiros e autoridades locais”.