O deputado regional do PS Miguel Brito defendeu que é preciso repensar o paradigma atual da cultura no Porto Santo que subordina a cultura à animação turística com eventos sazonais.
Para o também candidato socialista ao Porto Santo, a ilha possui todas as caraterísticas para ser pioneira na mudança necessária, num caminho alternativo ao modelo atual do Governo Regional que pensa a política cultural como apêndice do turismo.
Miguel Brito participou na conferência ‘Da Democratização à Democracia Cultural: Repensando Instituições e Práticas’, organizada no Porto Santo pelo Plano Nacional das Artes a convite do Ministério da Cultura e inserida no contexto da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.
Desta conferência resultará um documento de princípios orientadores de uma política cultural democrática que persegue os objetivos do Plano Nacional das Artes, levando através das escolas as artes, a cultura e o património a crianças e jovens.
“Não podemos reinventar o Porto Santo no pós-pandemia sem colocar na vida quotidiana das crianças e jovens a cultura e a educação”, disse o candidato socialista defendendo a materialização desse objetivo com ações concretas, como a criação de uma Agenda Cultural Municipal transversal com a manutenção de infraestruturas e espaços urbanos providos de equipamentos de suporte à dinamização da cultura de proximidade.
“A prática cultural autárquica não pode desvalorizar o investimento em educação como pilar de fortalecimento da democracia e do desenvolvimento do Porto Santo no futuro”, concluiu Miguel Brito.