Dado que a reunião foi apenas presencial e por isso não poderia estar presente, a deputada madeirense fez chegar algumas questões através dos seus colegas de bancada do grupo parlamentar do PS. Marta Freitas lembrou que desde o passado mês de março foram necessárias medidas extraordinárias para salvaguardar as empresas e as famílias, tendo os contribuintes residentes nas regiões autónomas sido também integrados nestas soluções, como o lay-off, medidas para os trabalhadores independentes e sócios-gerentes, para as famílias, perante encerramento das escolas, e linhas de crédito. Nessa ordem de ideias, quis saber se já houve oportunidade de fazer um balanço de quanto as regiões autónomas, em particular a Madeira, foram impactadas e quanto beneficiaram das medidas e transferências adotadas.
Por outro lado, na Região Autónoma da Madeira, referiu, há um consenso de todas as forças políticas quanto à urgência no conhecimento das ferramentas que estarão disponíveis para que as regiões possam fazer o seu planeamento e gestão e projetar uma estratégia para alavancar a sua economia. E nesse sentido alerta para as solicitações pendentes no que diz respeito a apoios que as regiões autónomas têm reivindicado junto do Governo, mas para os quais ainda não houve oportunidade de ser dada uma resposta.
Marta Freitas mostrou-se preocupada com o facto de 25 por cento do PIB da Madeira depender do Turismo e de este, segundo estudos recentemente divulgados, ser o último setor a ser restabelecido. «Sabemos que o Estado ainda está a avaliar a situação socioeconómica do país e que neste momento aguarda a consolidação dos apoios europeus, e compreendemos isso. Ainda assim, é importante perguntar se já existe uma previsão de que forma poderá também apoiar as suas Regiões Autónomas e se está previsto um apoio extraordinário a estas regiões ultraperiféricas» questionou.
A deputada madeirense referiu que existem outros países que também estão a passar por este processo e que já deram passos no sentido de apoiar as suas regiões, bem como chamá-las para participar no plano de recuperação económica, como é o exemplo da Espanha. Por isso, perguntou ao ministro se haverá articulação com as regiões autónomas, se está a ser ou não considerada uma avaliação da suspensão da Lei das Finanças Regionais e um adiamento da dívida das regiões autónomas.