Marta Freitas lançou esta tarde ao Governo o desafio de assegurar uma maior acessibilidade à prática desportiva por parte das pessoas com deficiência.
Durante a audição à ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2023, a deputada do PS-Madeira à Assembleia da República relevou os passos que o Governo tem dado neste sentido, com medidas que estão incluídas na Estratégia Nacional para a Inclusão das Pessoas com Deficiência, mas acrescentou que, apesar deste esforço, há “o desafio de trazer mais pessoas com deficiência para a prática desportiva”.
Conforme explicou, isso passa por assegurar o livre acesso destes cidadãos a atividades culturais, recreativas, desportivas e de lazer, com o incremento da oferta nestas atividades, bem como no apoio logístico e financeiro às mesmas, assegurando ainda uma maior acessibilidade física e comunicacional aos vários equipamentos culturais e desportivos. “Que medidas estão a ser adotadas neste sentido?”, questionou a deputada eleita pelo PS-Madeira, sensibilizando ainda para o incentivo ao aumento da atividade física e prática desportiva por mulheres com deficiência. Segundo referiu, são estas quem menos participa neste tipo de atividades, pelo que “uma maior frequência constituiria um fator determinante na melhoria da sua qualidade de vida e na sua autonomia”. Questionou, por isso, se esta será uma questão a ter em conta na implementação da Estratégia de Igualdade de Género no Desporto (2023-2026).
Não obstante estes desafios, Marta Freitas salientou o compromisso assumido o ano passado pelo Governo, no sentido de promover a prática desportiva e de atividade física ao longo da vida pela pessoa com deficiência. “É visível o esforço do Governo no incentivo à representação de Portugal na prática desportiva internacional, nomeadamente das pessoas com deficiência, reforçando a verbas atribuídas ao projeto paralímpico”, salientou a parlamentar. Como deu conta, para os jogos paralímpicos, que decorrerão em Paris em 2024, está orçamentada uma verba de 9,2 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 32,9%, comparativamente à competição anterior. Isto depois de, já nos jogos de Tóquio em 2020 ter sido canalizado um montante de 6,92 milhões de euros, valor que havia também representado um recrudescimento. “Este importante aumento para os paralímpicos em 2024 garantirá, efetivamente, a existência, pela primeira vez, de uma equiparação à realidade olímpica”, enfatizou.