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Marcelo, pontinha sem navios e futuro mais sustentável

// Visita de Marcelo à Madeira

 

O Presidente da República atravessa um grande momento, justificando com palavras e atos, a confiança em si depositada pelos portugueses nas eleições de janeiro último.

Após um discurso notável na cerimónia comemorativa do 25 de Abril, e após o levantamento do pesado estado de emergência, rematou o ciclo positivo com uma passagem pelas Regiões Autónomas, cumprindo um compromisso que tinha sido forçado a adiar, no início de março.

Com a promessa de mais duas visitas à Madeira, já durante os próximos dois meses, uma delas para assinalar 10 de Junho – O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas – deixa à região bons indicadores em relação à postura e atenção que terá do Chefe de Estado, ao longo do novo mandato.

 

// 18 meses sem navios na pontinha

Com o próximo cruzeiro previsto para o Funchal no dia 10 de setembro, e com um registo de apenas 2 navios deste tipo a terem passado pela Madeira desde o início da pandemia, vemos agravar-se ainda mais a situação de todo um sector que continua a ver adiada a esperança de uma retoma.

O mercado de cruzeiros é responsável por injetar na economia regional milhões de euros, tanto no comércio e serviços, como na APRAM.

APRAM que foi célere a operacionalizar o fecho dos portos, em março de 2020, mas que se tem mostrado demasiado lenta e sem ideias na dinamização e procura de soluções para reconquistar o interesse dos operadores.

Olhamos para Espanha, para o exemplo das Canárias, que nunca bloqueou o acesso destes navios aos portos para abastecimento (sem desembarques) e percebemos que se tivesse havido outra postura poderíamos ter neste momento uma solução paralela, com roteiros estabelecidos entre a Madeira, Açores e até Portugal continental.

Por aqui a postura foi a de ostracizar e afugentar os operadores, restando agora ao Governo Regional correr atrás do prejuízo.

 

// Maior turbina de maré entra em operação

Numa época em que tanto se fala de sustentabilidade energética, e nas metas a cumprir, rumo à neutralidade carbónica em 2050, notícias como esta, do lançamento da maior turbina submersível – na Escócia -, para produção de energia elétrica, devem captar a atenção da uma região como a nossa, com tanto mar no horizonte.

De realçar o grande potencial da tecnologia, cada equipamento tem uma capacidade de produção anunciada de 2MW, estimando-se que consiga fornecer energia suficiente para 2000 habitações.

O facto de serem estruturas submersíveis e poderem ser instaladas a quilómetros da costa, permitem salvaguardar quaisquer impactos paisagísticos, em contraste com algumas das soluções de produção de energias verdes implementadas na região, como as torres eólicas e os parques fotovoltaicos