InícioAtualidadeMadeirenses e porto-santenses já romperam com o PSD

Madeirenses e porto-santenses já romperam com o PSD

 

Depois desta firmação, Victor Freitas mostrou-se convicto que, em Setembro, no seguimento das eleições autárquicas, a Região vai ter autarquias de várias cores políticas. Mas, para isso, apelou à participação dos madeirenses e porto-santenses na mudança, citando o novo Papa: envolver-se na política é um dever de um cristão, que não pode lavar as mãos como Pilatos».

O tema de encerramento destas jornadas parlamentares do PS-M foi a revisão do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro da Região (PAEF). Sobre o PAEF, Victor Freitas traçou um quadro negro, visto que, ano e meio após a sua assinatura e implementação, as suas consequências para a Região, para os madeirenses e porto-santenses, são nefastas, porque está a destruir a economia e, presentemente, a taxa de desemprego atinge os 20% (cerca de 25.000 inscritos no Instituto de Emprego), com a classe média a ser empurrada «para a pobreza» e «a emigração» a ser uma realidade a relembrar os anos anteriores à autonomia, a que se acrescenta o «esmagamento fiscal das empresas».   

Dado que o PAEF não serve os interesses dos madeirenses e porto-santenses, o Presidente do PS-Madeira, no seu discurso de encerramento, reforçou a necessidade de haver uma revisão. «Ou há uma revisão do PAEF ou, então, a economia vai continuar a morrer», afirmou, adiantando que «o PS é o único partido nacional e regional que tem condições» de fazer esta revisão, desde que haja um governo do PS, em Lisboa, e outro na Região, isto porque, explicou, PSD e CDS «nunca» o farão, já que não têm «força» nem querem que isso aconteça.

A bipolaridade política do PSD e do CDS, o facto de, na Região, defender uma coisa e, em Lisboa, fazerem outra, mereceu mais reparos por parte de Victor Freitas que relembrou a votação contra a redução da taxa do IVA, na restauração, daí que «estas traições do PSD e do CDS» devam ter um sinal dos eleitores, em Setembro.

Nesta intervenção, Victor Freitas acusou ainda o Governo Regional do PSD-M de, «ao contrário do que se tem dito» não só ter vendido a participação na ANAM, já que também foi alienada a posição na empresa que permitia à Região definir o serviço público. «Nenhum governo da Madeira poderá, durante 50 anos, mandar nos aeroportos e não poderá impor regras de serviço público», afirmou.

Fotos

Áudio Victor Freitas (Presidente do PS-Madeira)