O executivo da Junta de Freguesia de São Pedro rejeitou, ontem, todas as propostas que haviam sido apresentadas pelo Partido Socialista para o orçamento desta autarquia local e que visavam a melhoria das condições de vida da população daquela localidade.
Esta postura arrogante e intransigente do Executivo levou, naturalmente, a que na reunião da Assembleia de Freguesia os elementos do PS não tenham dado o seu voto favorável ao orçamento para 2023. Os socialistas lamentam que nem o orçamento, nem o plano de atividades para o próximo ano contemplem verbas conducentes à concretização de nenhuma das propostas apresentadas pela oposição.
Refira-se que, no âmbito do direito de auscultação da oposição com vista à elaboração do Orçamento, o Partido Socialista apresentou cinco propostas nas áreas social, da economia local e do turismo, as quais, como referido, foram ignoradas pela maioria.
No âmbito social, os socialistas alertam para a importância que as estratégias públicas na área da saúde mental têm na melhoria das condições de vida das pessoas, defendendo por isso uma ação de proximidade aos cidadãos, com a criação de um Serviço de Psicologia e Serviço Social de Intervenção Local, assente principalmente numa vertente preventiva. Neste campo, era também proposta do PS uma parceria que permitisse a criação de um serviço de enfermagem mais próximo e que estabelecesse uma melhor ligação entre os serviços de Saúde e a comunidade.
No domínio social, destaque ainda para a necessidade de uma abordagem integrada, multidimensional e transversal para o combate à pobreza, englobando a participação das instituições locais e das entidades ligadas à Saúde.
A um outro nível, e de modo a potenciar o turismo e a preservar o património cultural, o PS preconizava a recuperação da Capela de São Paulo e a valorização do trabalho das bordadeiras.
Apesar da recusa do Executivo, os elementos do PS na Assembleia de Freguesia de São Pedro garantem que se manterão atentos e continuarão o seu trabalho com vista à melhoria das condições de vida da população. “Seremos uma oposição construtiva e continuaremos a apresentar propostas no sentido de responder cabalmente às necessidades das pessoas no momento de crise económica que vivemos”, rematam.