A implementação de medidas ativas de apoio às famílias, incentivos à natalidade, criação de emprego e melhoria das acessibilidades, de modo a fixar as pessoas no concelho, constitui uma das prioridades do candidato do Partido Socialista à presidência da Câmara Municipal de Câmara de Lobos.
Jacinto Serrão mostra-se preocupado com os resultados preliminares dos Censos 2021 relativamente a Câmara de Lobos, que apontam para uma considerável perda populacional. “Câmara de Lobos perdeu, desde 2011, 9,8% da sua população, tendo agora cerca de 32.175 pessoas, quando em 2011 éramos 35.666”, dá conta o socialista, acrescentando que, contrariamente ao que tem sido dito, “Câmara de Lobos ainda não está na moda”, algo que fica a dever-se às condições de vida que o Concelho oferece, à falta de incentivos à natalidade e à ausência de uma estratégia de captação de famílias para o município.
Jacinto Serrão entende que as acessibilidades são fundamentais, apontando, por exemplo, que o Curral das Freiras tem vindo a perder pessoas porque “a acessibilidade continua a ser uma miragem”, já que há décadas que está prometida uma segunda via, mas a mesma continua por concretizar. Além disso, constata que o Jardim da Serra tem uma Via Expresso interrompida há anos. “Para as pessoas se fixarem, é preciso que se lhes dê condições para circularem de forma mais ágil e fluída e estas duas freguesias têm sido esquecidas no que aos acessos diz respeito”, sustenta o candidato socialista, lembrando que, embora estas decisões sejam da competência do Governo Regional, cabe ao Município fazer pressão e mobilizar também as pessoas para a importância destas obras. “Muitas vezes, o Governo Regional apenas responde a quem reclama, a quem reivindica. E o Governo Regional tem considerado que em Câmara de Lobos está tudo controlado”, faz notar o socialista.
A um outro nível Jacinto Serrão recorda que o PS tem vindo a alertar para o facto de Câmara de Lobos, face a outros concelhos, não oferecer as melhores condições à classe média. “É exatamente por essa razão que o nosso projeto propõe uma devolução de rendimentos às famílias, através da redução do IMI para a taxa mínima e redução da participação variável do IRS para 2,5%”, aponta, justificando a pertinência desta solução pelo facto de Câmara de Lobos ser um dos municípios da Região em que os munícipes da classe média têm menos retorno por ali viverem.
Face a esta conjuntura, Jacinto Serrão vinca que a sua candidatura está focada nos cidadãos. “É porque estamos cientes das dificuldades que temos centrado o nosso projeto nas pessoas e na melhoria das suas vidas”, afirma, entendendo ser fundamental que as pessoas queiram viver em Câmara de Lobos e que considerem que isso lhes é benéfico. “Para isso, precisamos de políticas ativas de incentivo à permanência e escolha do nosso concelho”, reafirma, rematando que “Câmara de Lobos ainda não está na moda, mas pode vir a ser moda, com o projeto certo, com o foco nas pessoas e com medidas que garantam melhores condições” para quem vive neste município.