Assim, apontou que “esta retórica de Miguel Albuquerque, acompanhado pelo Secretário Regional de Saúde, no Porto Santo testemunha a falência da governação PSD/CDS nesta ilha, em particular e, na Região, em geral: a dimensão profunda da desigualdade económica e social incapaz de alinhar o presente com o futuro. O crescimento exponencial de casos positivos no Porto Santo são o espelho da incompetência e da propaganda do PSD na Região que num dia afirma que tudo está controlado e, no outro, navega à deriva e remete a responsabilidade do contágio à deslocação das pessoas entre ilhas”.
Lembrou ainda a recente visita do presidente do Governo na ilha dourada, no primeiro dia do ano, “transformada num espetáculo midiático”, onde “repete as mesmas ideias, com as mesmas frases feitas para criar agora, em plena pandemia, outra verdade em que só ele próprio acredita: o isolamento de janeiro como fator de salvação da população do Porto Santo”, segundo disse.
O deputado porto-santense recordou as palavras de Miguel Albuquerque, na ocasião, ao afirmar que a necessária paragem do navio Lobo Marinho é uma bênção para o Porto Santo. Afirmação que mereceu duras críticas de Miguel Brito, apontando que esta situação nunca agradou a população residente daquela ilha.
Dessa feita, refere mesmo que “o Porto Santo e a Madeira não podem ficar reféns de contradições e falta de estratégia do Governo Regional que coloca madeirenses contra madeirenses, que incita à desmoralização generalizada das pessoas vítimas da doença por covid 19 e que nos impõe pelo medo que fiquemos em casa com o desemprego a crescer para nos salvarmos da falta de competência para a previsão e orientação dos nossos governantes”.
Dirigiu ainda uma palavra de conforto a todos os porto-santenses, recentemente, afetados pelo novo coronavírus.
“Penso que nenhum destes porto-santenses cumpriu a tradição, juntando-se ao governo para uma sandes de carne vinho e alhos no Mercado dos Lavradores e creio que nenhum, absolutamente, nenhum brindou ao Ano Novo com membros do governo no jantar de passagem de ano, no hotel Savoy, sem máscara e sem distanciamento físico, como recomendam as autoridades de saúde regionais, nacionais e mundiais”, afiançou.