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Inércia e descoordenação dos Governos do PSD resultam em mais um golpe na mobilidade dos porto-santenses

O PS-Madeira acusa os Governos Regional e da República – ambos liderados pelo PSD – de descoordenação e inércia e de, à custa disso, estarem a penalizar os porto-santenses no que diz respeito à mobilidade.

Em causa está a mais recente decisão da ANAC, que entende que os bilhetes ‘não corridos’ de transporte aéreo entre Porto Santo e Madeira deixam de ser elegíveis para o pagamento do subsídio social de mobilidade.

Miguel Brito, deputado do PS à Assembleia Legislativa da Madeira e vereador na Câmara Municipal do Porto Santo, lamenta mais este revés, que se vem juntar ao rol de problemas que, ultimamente, têm vindo a condicionar cada vez mais a mobilidade dos residentes naquela ilha. “Este é só mais um exemplo da inércia e da descoordenação que existe entre o Governo Regional e o Governo da República”, afirma, lembrando que, outrora, o PSD atacava o anterior Executivo nacional, liderado pelo PS, mas agora mantém-se calado e baixa a cabeça perante mais este ataque.

Conforme adianta o socialista, com esta decisão, só um cidadão que adquira uma viagem diretamente na companhia TAP, ou através de uma agência de viagens, consegue depois ter direito ao reembolso. “O problema é que, na larga maioria das vezes, os preços que estão a ser praticados poderão ultrapassar o teto definido para o subsídio de mobilidade atribuído aos cidadãos do Porto Santo e, por via dessa decisão, o bilhete sair-lhes muito mais caro”, refere.

Para Miguel Brito, este é mais um episódio lamentável que vem contribuir para acentuar as dificuldades já sentidas pelos porto-santenses, os quais, recorde-se, no período de inverno, já estão sem ligações diretas ao Continente e, durante um mês e meio, ficam sem ligação marítima entre o Porto Santo e Madeira.

“Como se não bastassem os condicionamentos que as pessoas já sentem, agora ainda são atingidas por mais este golpe”, lamenta o deputado do PS, voltando a perguntar “onde andam aqueles que atacavam sem pudor os anteriores governantes”. “Ficaram mudos?”, questiona, acrescentando que os porto-santenses, que já eram tratados pelo Governo Regional como madeirenses de segunda, passam agora a ser considerados “portugueses de terceira”.