Helena Freitas quer saber qual o ponto da situação relativo à intervenção nas Grutas de São Vicente e qual a previsão para a reabertura deste espaço. A candidata do Partido Socialista à presidência da Câmara Municipal de São Vicente está apreensiva em relação à situação dos trabalhadores deste polo de atração turística naquele concelho da costa norte, os quais irão novamente entrar em ‘layoff’ devido ao encerramento das galerias.
Helena Freitas recorda que, em janeiro de 2020, as Grutas foram encerradas ao público, devido ao surgimento de fissuras, tendo sido solicitada a análise da situação, por parte da Câmara Municipal de São Vicente, a um grupo de especialistas em geologia. Entretanto, seguiram-se o sismo que atingiu a Madeira e a crise da Covid-19, sendo que, desde então, não se verificaram mais desenvolvimentos sobre este processo.
A candidata do PS salienta que as Grutas de São Vicente recebiam, em média, cerca de 130 mil visitantes por ano, o que resultava em grandes ganhos para o concelho, quer para a própria infraestrutura, quer no que se refere à dinamização da economia local, potenciada pelo número de pessoas que visitavam o município.
“As Grutas constituem um atrativo turístico importantíssimo para o nosso concelho e é fundamental que, rapidamente, sejam garantidas todas as condições de segurança para a sua reabertura, sob pena de continuarmos a perder visitantes e de o nosso comércio continuar a definhar”, adverte.
Tendo em conta que a empresa que gere o espaço – a ‘Naturnorte’ – tem natureza municipal, Helena Freitas entende que é dever da autarquia envidar todos os esforços para que as Grutas possam voltar a ser dinamizadas, beneficiando o concelho de São Vicente.
Em consequência do fecho do empreendimento, a candidata mostra-se preocupada com a situação dos funcionários, que se encontram em ‘layoff’ e, ao que tudo indica, verão essa condição ser renovada por mais seis meses. Além disso, há casos de inadequação nos vencimentos, atendendo a que os guias das grutas não estão a ser remunerados como tal, mas como assistentes operacionais. Mais refere que os próprios funcionários têm de adquirir o seu próprio fardamento, retirando do seu salário, uma vez que a ‘Naturnorte’ não assume esse compromisso.
Helena Freitas afirma que é necessário e urgente saber onde é que foram aplicadas as receitas das Grutas, assim como é urgente rever os contratos celebrados com os seus profissionais, respeitando as leis laborais e atribuindo a cada um deles um salário justo e adequado às funções que exerce. O PS São Vicente garante que, caso ganhe as eleições, irá rever esses contratos e garantir a todos os seus postos de trabalho.
“Urge fazer renascer este ativo único que São Vicente tem. É através das nossas especificidades que nos podemos afirmar e esta é uma oportunidade que não pode continuar a ser desperdiçada”, remata Helena Freitas.