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Habitação é prioridade do PS, porque “madeirenses precisam de casa e não de milhões de euros jogados ao mar”

Sérgio Gonçalves reafirmou, hoje, que a habitação será uma das áreas prioritárias do futuro Governo Regional do Partido Socialista, lançando duras críticas ao Executivo do PSD por, ao longo de anos, ter descurado o setor e por querer prosseguir o mesmo modelo de desenvolvimento errado, privilegiando a política do betão, em detrimento da resolução dos verdadeiros problemas dos madeirenses.

À margem de uma iniciativa na freguesia de Santa Maria Maior, onde ouviu as preocupações da população, o presidente do PS-M considerou ser inaceitável que, com tantas carências habitacionais que se verificam na Região e com as dificuldades que os madeirenses sentem em aceder ao mercado imobiliário, o ainda presidente do Governo dê mostras de continuar com as prioridades invertidas.

“Atualmente os jovens e a classe média veem-se impedidos de comprar ou arrendar uma casa, devido à escalada do preço da habitação e aos seus baixos rendimentos” constatou o líder socialista, vincando que a preocupação do Governo deveria ser criar condições para resolver os problemas habitacionais na Região. Ao invés disso, “Miguel Albuquerque já afirmou que quer desterrar 150 milhões de euros no prolongamento do molhe da Pontinha”, obra que, decididamente, não é determinante neste momento, condenou Sérgio Gonçalves, vincando que “os madeirenses precisam de mais habitação e a preços acessíveis e não de ver milhões de euros do erário público jogados ao mar”.

O cabeça de lista do PS às eleições legislativas regionais de 24 de setembro criticou os sucessivos governos regionais do PSD por, nestes 47 anos, não terem feito uma verdadeira aposta neste setor, sendo prova disso o facto de existirem perto de 5 mil famílias a aguardar por apoios habitacionais. “Mesmo com as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, apenas serão resolvidas 30% das carências identificadas”, fez notar, questionando o que será feito das restantes famílias que precisam de ajuda. “Se com 136 milhões de euros do PRR é possível construir cerca de 800 novos fogos, os 150 milhões que Miguel Albuquerque quer afundar na Pontinha dariam para construir pelo menos mais tantas habitações”, adiantou.

Sérgio Gonçalves frisou, por isso, que “é urgente mudar a Madeira”, deixando a garantia de que, com um Governo do PS, serão construídas mais habitações a custos controlados, para facilitar o acesso ao mercado por parte dos casais jovens e da classe média. Isto, a par da necessária habitação social para dar condições dignas às famílias mais carenciadas. Para atingir este desiderato, o candidato socialista reafirmou a intenção de celebrar contratos-programa com todas as câmaras municipais, independentemente da sua cor política. “A habitação é um direito fundamental que tem de ser salvaguardado para todos os madeirenses, independentemente do local onde vivam, pelo que não pode estar refém de jogos partidários”, advertiu.

Tendo com conta as dificuldades no acesso à habitação, face ao aumento dos juros dos empréstimos e do custo de vida, o líder socialista reforçou o compromisso de, quando o partido for Governo na Região, adotar medidas que permitam aumentar os rendimentos dos madeirenses, nomeadamente reduzindo os impostos em sede de IVA e IRS – conforme o diferencial fiscal o permite –, repor o subsídio de insularidade de 2% para todos os funcionários públicos da Região, aumentar o Complemento Regional para Idosos para 100 euros mensais e garantir a gratuitidade do ensino (manuais, transportes e alimentação) para todos os alunos até ao 12.º ano.