O PS-Madeira critica veementemente a gestão do setor da Saúde por parte do Governo Regional, que vem acumulando casos atrás de casos, ameaçando cada vez mais a prestação de cuidados a quem deles necessita.
Deste vez, em causa estão os atrasos nas análises clínicas no serviço público de saúde, devido à falta de reagentes e avarias em alguns equipamentos do laboratório do Serviço de Patologia Clínica do SESARAM, conforme noticia hoje o DN-Madeira. “Não há uma só semana em que não sejam tornados públicos novos constrangimentos na área da saúde, com graves consequências para os utentes”, faz notar Paulo Cafôfo, acusando o Governo Regional de atirar em todas as direções, mas nunca assumir as culpas pela sua gestão desastrosa do setor.
O líder dos socialistas madeirenses enumera uma série de repetidos exemplos que têm vindo a verificar-se, entre os quais a sistemática falta de medicamentos na farmácia do hospital, devido à falta de pagamentos por parte do Governo Regional, cujo secretário regional da Saúde ainda tem o desplante de ameaçar que irá continuar a acontecer este ano, devido à não aprovação do orçamento regional. Isto, quando, em 2024, com um orçamento aprovado, não cumpriu com os seus compromissos e falhou com os pagamentos, deixando inclusivamente doentes com cancro sem medicação. A isto, junta-se o caos que por estes dias se vive nas urgências, o calote às casas de saúde mental para o internamento de doentes, que atingiu os 3,5 milhões de euros, ou a dívida aos taxistas pelo transporte de doentes, que ultrapassa os dois milhões de euros. “Tudo isto aconteceu com um orçamento aprovado, o que só vem demonstrar que este Governo do PSD age de má-fé, em benefício próprio e tem as prioridades invertidas, deixando os madeirenses entregues à sua sorte”, sublinha Paulo Cafôfo.
O presidente do PS-M não se fica por aqui e critica também o Executivo por desterrar à volta de 40 mil euros em 6.200 canecas personalizadas para celebrar o Dia Mundial da Saúde. “É caso para dizer que o secretário regional da Saúde não só tem uma grande lata, como tem canecas de sobra, enquanto os madeirenses ficam privados de um direito básico e fundamental como é o acesso à saúde”, dispara.
No rol dos exemplos da má gestão governativa, o líder socialista lembra ainda as viagens que o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, tem vindo a efetuar, a última das quais aos Estados Unidos, no valor de oito mil euros, com a justificação de que vai em busca de soluções tecnológicas na área da saúde para o futuro Hospital Central e Universitário da Madeira. Isto depois de um ataque informático ao Serviço de Saúde que continua sem uma explicação cabal, que colocou em causa a prestação de cuidados, o adiamento de consultas, cirurgias e exames e expôs os dados dos utentes. “Quem sabe até se não foi com o recurso a esses dados que Pedro Ramos aproveitou para fazer telefonemas aos militantes do PSD, pedindo o voto em Miguel Albuquerque a troco de uma cunha para o acesso aos serviços de saúde?”, questiona Paulo Cafôfo.
Crítico, o presidente do PS-M diz que estamos perante “um Governo que já não tem cura” e que cada vez mais dá mostras de só querer salvaguardar os seus interesses e os do PSD. “Enquanto isso, de forma insensível e, nalguns casos premeditada, vai dando cabo da saúde dos madeirenses”, remata.