Esta decisão é tanto importante para o retomar da atividade económica e turística na Região, como é necessário assegurar um maior controlo relativamente aos riscos de propagação do vírus.
É necessário salientar que as empresas e todo o tecido económico da Região, em particular no setor turístico, poderão ficar com o seu futuro ainda mais comprometido, se não começar a haver sinais de abertura, numa altura em que esses sinais começam a ser dados no exterior. É certo que pretende-se evitar uma nova vaga de contágios, mas também não é menos verdade, que hoje existe uma maior preparação e consciencialização para fazer face ao COVID-19.
A Região necessita de criar mecanismos que contribuam para a sua abertura ao exterior com a maior segurança possível. No entanto é incompreensível que nesta fase haja muita desinformação em torno deste processo, inclusive com informações contraditórias entre a Secretaria de Saúde e Secretaria de Turismo.
É importante o Governo Regional da Madeira esclarecer taxativamente:
– Se é ou não obrigatório um período de quarentena para quem chega à Madeira, seja em hotel ou em residência?
– Se a realização de teste do vírus é o único critério para não haver confinamento forçado?
– Na obrigatoriedade de realização de testes, que podem custar entre 100 a 200 Euros cada, se está planeado alguma ajuda financeira para os residentes e trabalhadores que vão necessitar de realizar viagens frequentes entre a Madeira e o Continente?
– Como é que estão a ser coordenados estes esforços com os operadores turísticos e agências de viagens? Como é que o Governo Regional assegura que os turistas que pretendem vir passar férias na Região, consigam realizar o teste referido?
São questões que consideramos pertinentes e que urgem de uma resposta clara do Governo Regional, de modo a evitar que devido à falta de informação, muitos profissionais fiquem impedidos de exercer a sua atividade e sofrer com isso elevados prejuízos, bem como todas as consequências negativas para o sector turístico madeirense.
Para o Turismo, bem como para outras atividades que dele dependem indiretamente, é fundamental uma clarificação e previsibilidade sobre as decisões que são tomadas, com um plano estruturado e datas bem definidas que possam ser transmitidas tanto à população em geral, mas às empresas em particular. No caso dos operadores turísticos internacionais são necessárias informações concretas para que possam rapidamente programar as operações para a Madeira e iniciar as vendas, sendo que não é um processo que se reinicia de um dia para o outro.
Funchal, 18 de maio de 2020
O Presidente do Grupo Parlamentar do PS Madeira
José Miguel Iglésias