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Governo Regional tem de assumir as suas responsabilidades e implementar plano de contingência para o Aeroporto

Governo Regional tem de assumir as suas responsabilidades e implementar plano de contingência para o Aeroporto

O presidente do PS-Madeira defendeu, hoje, a implementação de um plano de contingência integrado para fazer face aos condicionamentos do Aeroporto da Madeira devido às condições climatéricas.

Sérgio Gonçalves falava esta tarde no Porto Santo, onde decorre a III Convenção dos Estados Gerais do PS, subordinada ao tema ‘Turismo: Economia Sustentável e com Futuro’, momento em que abordou este assunto que tem estado em evidência nos últimos dias, sublinhando que o PS tem medidas claras para mitigar este problema que afeta não apenas os turistas, mas também os residentes que precisam de sair ou regressar à Região.

O líder socialista destacou a importância de avançar com esta alternativa, colocando o Porto Santo na equação, até porque é a única solução que existe neste momento, e criticou a postura do Governo Regional de “culpar sempre os outros e não se responsabilizar por aquilo que é uma responsabilidade sua, que é apresentar um plano de contingência integrado para a Região Autónoma da Madeira”.

Neste debate sobre o Turismo, que decorre no Centro Cultural e de Congressos da ilha dourada, Sérgio Gonçalves referiu que apesar de estarmos num ciclo de crescimento e de batermos alguns recordes, continuam a existir desafios e temas que têm de ser endereçados.

Neste sentido, apontou a necessidade de apostar na requalificação do produto, considerando “fundamental manter a autenticidade e tudo aquilo que é genuíno no nosso destino como fator de diferenciação relativamente à concorrência”, permitindo gerar valor para a economia da Região.

A um outro nível, o presidente do PS-M alertou para os problemas que têm surgido recentemente e que dizem respeito ao excesso de carga em alguns percursos pedestres da Região. “É urgente implementar medidas que controlem alguma desorganização que tem existido em termos de ordenamento do nosso turismo”, frisou.

Governo esqueceu as empresas na transição digital

Sérgio Gonçalves não deixou também de apontar a premência de apostar na inovação do setor, dirigindo fortes críticas ao Governo Regional por alocar os 114 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência destinados à transição digital exclusivamente a projetos da administração pública regional, não concedendo quaisquer verbas para as empresas.

Melhores condições para os trabalhadores

O líder socialista alertou igualmente para o facto de o setor do turismo ser muito marcado pela precariedade laboral e pelos baixos salários. “Numa terra que continua a ser de emigração, até os profissionais do turismo – quando o setor bate recordes – continuam a emigrar, mesmo nas funções menos qualificadas, porque são funções muito melhor pagas no exterior do que aqui na Região”, lamentou. Apontou igualmente a necessidade de apostar na formação profissional, não deixando de criticar o facto de a Escola Hoteleira estar a definhar. “É preciso não só capacitar os profissionais do turismo, mas também dar-lhes condições para que possam trabalhar na Madeira e ter um rendimento condigno e condicente com a sua atividade e com os resultados que o setor tem tido”, vincou.

Sérgio Gonçalves explicou que este debate com especialistas da área do turismo visa contribuir para a construção de soluções e para a elaboração de “um programa eleitoral que queremos que seja um programa de Governo para os madeirenses”. “Comigo como presidente do Governo Regional, vamos mudar a Madeira e o Porto Santo”, garantiu.