InícioAtualidadeGoverno Regional não quer construir mais habitação para os madeirenses

Governo Regional não quer construir mais habitação para os madeirenses

O Grupo Parlamentar do Partido Socialista repudia que o Governo Regional insista em assobiar para o lado e pouco faça em termos de políticas de habitação, numa altura em que dezenas de famílias já entregaram casas ao banco e milhares de madeirenses estão em risco de ficar sem teto.

Em conferência de imprensa realizada esta manhã, frente à Secretaria Regional dos Equipamentos e Infraestruturas, o líder parlamentar do Partido Socialista da Madeira, Rui Caetano, condenou a propaganda da governação de Miguel Albuquerque, desmentindo a alegada limitação orçamental, e reivindicou medidas públicas de habitação complementares, à semelhança do que está a ser feito pelo Governo da República no Continente.

Sublinhando que as casas e os apartamentos que vão sendo construídos aos milhares na região não visam responder às necessidades e problemas das famílias madeirenses, nem mesmo as da classe média, cujos salários são insuficientes para enfrentar preços superiores a 500 mil euros, o líder da bancada parlamentar socialista lembrou também que a construção financiada por verbas públicas, através do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), até 2026, apenas resolverá 30% dos problemas da habitação na Região.

E porque é momento de agir e de pensar em todas as famílias em dificuldades, o socialista lembrou que o Governo Regional conta com folga orçamental por via de receita fiscal.

“Para 2023 são mais de mil milhões de euros de impostos que foram retirados dos bolsos dos madeirenses, a juntar aos 87 milhões de 2022”, frisou, afirmando que o Governo de Miguel Albuquerque “tem meios, tem autonomia, tem capacidade financeira para, com o Orçamento Regional, investir também em medidas públicas de habitação, em construir mais habitação”.

“As do PRR não são suficientes”, pontualizou, destacando a importância de viabilizar soluções de habitação que contemplem, não só a classe média, mas também os casais de jovens, e os recém-licenciados madeirenses que querem fazer o seu percurso profissional e constituir família na Região.