Nestes termos:
1) Existe pouca concorrência e concentração de preços porque só há duas companhias. Responsabilidades? Não deve ser difícil de identificar: para Ponta Delgada operam 4 companhias;
2) Os bilhetes escaldam, e às vezes nem existem, porque as companhias colocampoucos lugares reembolsáveis. Responsabilidades? Vejamos: no modelo açoriano até classe executiva pode ser reembolsável;
3) Sempre que ultrapasse 400 euros, ou não haja bilhetes reembolsáveis, paga o madeirense . Responsabilidade? O modelo açoriano não tem tectos para reembolsos;
4) Os reembolsos demoram, demoram e é um inferno. Responsabilidade? Nos Açores é imediato (após a viagem, qualquer que seja o meio de pagamento);
5) O plafond para pagar subsídios está limitado a 11 milhões (apesar do governo ter mentido inicialmente a dizer que não havia plafond!).Responsabilidade? Nos Açores a negociação do governo regional com o governo PSD/CDS gerou um plafond de 16 milhões, assegurando todas as necessidades;
6) Os Porto-Santeses não têm bilhete corrido e, por isso, têm acesso a menos subsídio que os madeirenses. Quem tem culpa? Qualquer açoriano, viva em qualquer uma das 9 ilhas paga sempre o mesmo valor…
Na altura os irresponsáveis estavam deste lado. O governo, apesar de tudo, fez uma mini revisão , um mês depois, e deixou tudo o resto neste estado de pântano.
Não há maneira de esconder responsabilidades e quem espera por estudos é porque negociou às três pancadas e sem consciência do óbvio: o modelo madeirense não protege o residente. Qualquer cidadão esclarecido sabe que o modelo madeirense não foi imposto por ninguém , foi uma solução do governo da Madeira, com o governo Passos/Portas, que chegou mesmo a apelidar o governo açoriano de “irresponsável e quase ingénuo”.