Por outro lado, Jaime Leandro sublinhou que o estado de graça do Governo Regional já está mais do que terminado. Após um ano de governação, o balanço é dececionante. “A governação do dr. Miguel Albuquerque tem sido um rol de promessas, a cada dia que passa um rol de desilusões e espero que, no final do mandato, não tenha sido um rol de mentiras. Devem ser repostas as condições financeiras, económicas, sociais e fiscais do período antes do PAEF, que terminou em 31 de dezembro, embora continue tudo mais ou menos na mesma, os mesmos impostos, garrote que entorpece a economia e que reflete a miopia política deste Governo.”
Por conseguinte, o líder parlamentar afirmou que urge ir mais longe quanto ao desagravamento fiscal das famílias e das empresas porque o que as estatísticas demonstram é que a Madeira e Porto Santo vivem uma depressão económico-financeira sem precedentes, com a taxa de desemprego mais elevada do país e uma emigração não contabilizada, mas que certamente andará em níveis de há 50 ou 60 anos, com uns pais e avós a verem emigrar uma geração jovem e bem preparada, e outros pais e avós a sustentarem, com as suas parcas reformas, os filhos e netos que ficam.
Esta é prova do falhanço das políticas austritivas que o pais adotou entre 2011 e 2015 e que Região quer perpetuar, caso para dizer que não basta renovar é preciso mudar.
Por seu turno, Jaime Leandro garantiu que os madeirenses e porto-santenses querem e precisam é da reposição do Subsidio de Insularidade, de acréscimos às pensões de reforma, diminuição de todos os impostos para os valores antes do PAEF, por contra partida de uma correta e verdadeira renegociação das rendas das Parcerias Público-Privadas, que desonere o Orçamento Regional, libertando, recursos para esses sectores que se encontram em prolongado estado de agonia.
“Precisamos que sejam alocados mais meios financeiros ao sector da saúde para que possamos ter uma redução das listas de espera para consultas e cirurgias, para que não faltem medicamentos, para que possam ser contratados mais médicos, mais enfermeiros, mais pessoal auxiliar, para que possamos ter uma assistência na doença compatível com os infindáveis descontos que nos são feitos”, apontou o líder parlamentar.
O desemprego atinge níveis catastróficos, não tem havido incentivos fiscais nem apoios financeiros que contribuam para uma visível mudança da situação, para que se vislumbre no horizonte uma qualquer que seja retoma económica. Continuam os favorecimentos a grupos económicos, mesmo que seja pela passividade e inoperância, pela falta de vontade de agir de experimentar novas soluções. Os portos continuam na mesma, a linha ferry para o continente não desencalha, o avião cargueiro não voa, o Jornal da Madeira continua a consumir os nossos impostos.
O líder parlamentar considera, também, que não existe planeamento, o Turismo continua a navegar à vista – sem um plano estratégico. O Sistema Regional de Saúde definha a olhos vistos, mergulhado em permanente confusão, inoperância e ineficiência, com os serviços a não responderem, nem às espectativas, nem às necessidades da população.
“As pessoas da Madeira e do Porto Santo continuam à espera do essencial, estão fartas de mera cosmética, estão desiludidas com a com a falta de soluções. Querem mais justiça e igualdade de oportunidades, querem mais desenvolvimento, querem o que todos queremos: ser felizes, querem um futuro melhor já hoje, querem mais liberdade para viverem uma vida digna, mas como canta Sérgio Godinho, “só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, habitação, saúde e educação”, finalizou.