InícioAtualidadeFundo de Recuperação é fundamental para proteger o futuro

Fundo de Recuperação é fundamental para proteger o futuro

Por outro lado, a parlamentar destacou que a resposta europeia à crise assenta numa questão fundamental, que é a criação do Fundo de Recuperação. Trata-se de um instrumento fundamental para proteger o futuro, afirmou, sublinhando que estas verbas não irão tocar no Fundo de Coesão nem na PAC.

Margarida Marques adiantou que temos uma porta aberta para termos financiamento para as nossas ambições, explicando que o dinheiro do Fundo de Recuperação não deve chegar antes da Primavera, mas terá uma componente retroativa. Defendeu ainda que é prioritário que o dinheiro chegue às Regiões e estas sejam parceiros ativos em todo este processo.

Por seu turno, o presidente do Conselho Económico e Social, Francisco Assis, apontou que tem havido um diálogo constante e uma preocupação de articulação entre o Governo, os sindicatos e as associações empresariais para criar os necessários apoios e iniciativas legislativas para colmatar as dificuldades com que se confrontam as empresas e garantir a sua sobrevivência. «Tem havido a preocupação de criar apoios para fazer face à crise», frisou.

O responsável referiu que o Fundo de Recuperação Europeu pode salvar o mercado interno europeu e, por outro lado, mostrou-se convicto de que o Plano de Recuperação e Resiliência é suscetível de gerar um amplo consenso na sociedade portuguesa e aponta para a resolução de alguns dos problemas mais estruturantes que têm impedido o avanço da economia.

Outra preletora convidada foi a empresária Cristina Pedra, que elogiou a medida imediata e oportuna tomada pelo Governo da República – o lay-off simplificado – logo em março. «Não era humanamente possível fazer melhor com a surpresa em cima da cabeça», disse, considerando, contudo, que os próximos cinco meses vão ser ainda piores, pelo que as medidas a tomar carecem de cautela. A oradora afirmou que existe necessidade de socorrer empresas e famílias e de investir em saúde e educação, pelo que os desafios que se colocam aos governantes «são mais do que muitos».

Cristina Pedra considerou que «devem ser criados instrumentos de apoio a todos os que precisam, mas nunca numa ótica assistencialista». «Devemos ter uma política de promoção de quem trabalha e não de assistencialismo», vincou.