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Formação profissional e aposta na diferenciação são determinantes para o Turismo, aponta o PS

Tal como afirmou Paulo Cafôfo, a Madeira não pode competir pelo preço ou pelo número de turistas que nos visitam, devendo posicionar-se com base nos fatores que nos diferenciam.

O líder dos socialistas madeirenses frisou que deve haver uma aposta da Região na qualificação do produto e no apoio a investimentos que nos distingam dos outros destinos turísticos, mas denotou que há um fator crítico: a formação. “Há falta de recursos humanos com formação para aquilo que sempre foi uma caraterística nossa, que é receber bem os outros e com qualidade”, sustentou. “Não basta só a simpatia e a hospitalidade, é preciso formação de excelência. Neste momento esta é uma lacuna enorme, há dificuldade em contratar pessoas qualificadas, formadas nas diversas áreas da hotelaria e isso pode comprometer a qualidade do nosso destino”, advertiu.

Paulo Cafôfo referiu que, aquando da suspensão das atividades económicas, período em que o turismo foi o setor mais afetado, não se acautelou um plano de formação que permitisse que até as pessoas que estão desempregadas fossem requalificadas em áreas onde agora poderiam estar empregadas, com uma vantagem para si, mas também para os empresários e os empreendimentos.

“Sabemos muito bem do imbróglio à volta da Escola de Hotelaria” e “era preciso haver uma solução e um plano regional de formação profissional”, disse o responsável, lembrando que recentemente o PS apresentou no Parlamento um projeto relacionado com a formação profissional, mas o mesmo foi chumbado.

“Era preciso congregar diversas estruturas de ensino e o Governo Regional, com o seu plano de profissionalização, garantisse que as pessoas pudessem ter as habilitações necessárias e as qualificações exigidas”, sustentou ainda.

Por seu turno, a deputada Mafalda Gonçalves, também candidata à presidência da Câmara Municipal de Santa Cruz, afirmou que, ao longo dos anos, a Camacha tem sido a freguesia mais esquecida do concelho, havendo necessidade investimento público e privado, à semelhança da ‘Quinta da Moscadinha’.

“É preciso trazer a Camacha para o século XXI e voltar a fazer da Camacha aquilo que já foi, uma freguesia vibrante, um ponto de paragem obrigatório das famílias aos domingos, quando iam em passeio”, referiu, vincando a importância de investimentos geradores de emprego e que fixem as pessoas. “A camacha tem muito para oferecer, não só o verde das paisagens, mas também a cultura, as nossas tradições”, disse, rematando que esse património deve ser valorizado.