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Exemplo do PS no poder local deixa José Luís Carneiro confiante nos resultados eleitorais na Madeira

O secretário-geral do Partido Socialista mostrou-se, hoje, confiante nos resultados eleitorais do partido na Região no próximo dia 12, acreditando não só na manutenção dos três municípios, mas também que há margem para crescer e melhorar.

José Luís Carneiro falava em Machico, no Fórum Autárquico do PS, onde esteve ladeado pelos candidatos às autarquias da Região, num momento particularmente emotivo onde foi respeitado um minuto de silêncio em memória de três socialistas distintos falecidos este ano – Emanuel Jardim Fernandes, o padre Martins Júnior e o ex-deputado José Manuel Coelho.

Na ocasião, o líder nacional do PS afirmou que o poder é um serviço público e destacou que os candidatos do partido na Madeira estão “especialmente comprometidos” com um poder de proximidade, transparente, que presta contas e que não esquece que os recursos que são administrados são de todos.

José Luís Carneiro enalteceu a forma como os socialistas sempre se bateram por matérias decisivas, entre as quais a saúde, o que levou a que, finalmente – e graças ao Governo do PS – tenha avançado a construção do novo Hospital Central e Universitário da Madeira, comparticipado em 50% pelo Executivo nacional. “Isto mostra como estivemos comprometidos com o desenvolvimento desta Região”, evidenciou.

O secretário-geral socialista fez notar também o facto de as questões da habitação constituírem igualmente uma das preocupações dos autarcas socialistas, nomeadamente no que se refere a assegurar o acesso dos mais jovens e da classe média a este direito fundamental.

Instado a propósito das perspetivas em termos de resultado eleitorais, manifestou a sua confiança não só na manutenção dos três municípios atualmente liderados pelo PS, como salientou que “temos uma grande margem para crescer, para melhorar”. Como referiu, para tal é preciso conquistar a confiança das pessoas, com propostas políticas claras e construindo uma relação de credibilidade. “É esse esforço que está a ser feito pelos nossos autarcas. Onde nós temos responsabilidades nas câmaras municipais, é possível mostrar boas políticas de desenvolvimento”, com prioridades como a habitação, a saúde, a educação, a diversificação económica e o emprego qualificado.

José Luís Carneiro enalteceu a credibilidade daqueles que se candidatam em nome do PS, elogiando os seus valores e princípios. “A qualidade da vida democrática é, para nós, um valor muito importante. Um autarca que cuide de prestar contas, de ter uma cultura de desempenho político com transparência, que garanta o envolvimento dos cidadãos nas escolhas públicas é uma garantia muito importante”, assinalou.

O líder socialista sublinhou que é no PS que moram os valores da Autonomia, da liberdade, da responsabilidade e da justiça social, destacando a cultura de proximidade, de transparência, de prestação de contas e de missão de serviço público.

“A construção de Portugal democrático deve muito aos autarcas”, declarou, pedindo às pessoas para que “não temam o PS”, porque é um partido humanista, do bem-estar, do progresso e da prosperidade. “Confiem, porque temos provas dadas na melhoria das condições de vida e nas transformações do nosso país”, apelou, manifestando ainda confiança no trabalho e nos resultados dos candidatos socialistas da Região, aos quais pediu que continuem a ser o baluarte destes valores e princípios.

Não metam os ovos todos no mesmo cesto”

Por seu turno, o presidente do PS-Madeira alertou para a batalha importante que se avizinha na luta pela democracia e pela liberdade. Paulo Cafôfo afirmou que as conquistas do 25 de Abril estão postas em causa e que a salvaguarda da democracia começa na defesa do poder local, apelando à confiança nos projetos do PS nas eleições do próximo dia 12.

O líder dos socialistas madeirenses apontou os perigos do populismo na Região, quer do PPD, do JPP e do Chega, e salientou que o PS lidera a defesa dos valores e princípios, deixando um apelo a que a população não coloque “os ovos todos no mesmo cesto”. Adiantou que na República temos um Governo de direita que se alia ao Chega e que, na Madeira, temos um PSD que procura deitar a mão a instituições locais. Advertiu que não podemos deixar que isso aconteça e que a única forma de o fazer é votar no PS, o partido autonomista que luta pela liberdade e pela democracia.

“Temos um Governo Regional que é mais centralista do que o da República. A Quinta Vigia é mais centralista do que o Terreiro do Paço. Procuram controlar as câmaras e as juntas de freguesia como se fossem repartições do próprio Governo”, afirmou Paulo Cafôfo, apontando a importância de ter Câmaras do PS que governem para todos. “O PS é o partido do povo e é para o povo que nós governamos”, reforçou.

Fazer mais e melhor pelas pessoas

O Fórum contou igualmente com as intervenções dos candidatos do PS à presidência das câmaras municipais da Região, a começar pelo anfitrião, Hugo Marques.

O candidato à autarquia machiquense enalteceu que onde o PS governa vive-se melhor, porque o partido governa para as pessoas. Hugo Marques assume esta candidatura com responsabilidade, comprometido em fazer mais e melhor pelas pessoas, com uma postura de proximidade, ouvindo a população, para fazer a diferença em áreas essenciais como a habitação, a mobilidade, os rendimentos, a atração de investimento e a criação de emprego. “Queremos, nos próximos quatro anos, ter o gosto de ver as pessoas sorrirem ao verem que estamos a executar aquilo que prometemos”, declarou.

Por seu turno, Nádia Melim alertou que o Porto Santo não é só um concelho, mas sim uma ilha com caraterísticas que exigem soluções específicas.

A candidata à câmara da ilha dourada não aceita que o Porto Santo seja o parente pobre da Madeira, criticando o facto de, no inverno, a ilha não ter ligação aérea direta ao Continente. Como apontou, é imperativo que todos os cidadãos tenham os mesmos direitos e acesso aos diferentes serviços de forma equitativa, independentemente do local onde vivem

Por São Vicente, usou da palavra João Carlos Gouveia, que destacou o seu “regresso a casa”, para impedir a progressão da extrema-direita no seu concelho. “Regresso a casa mais socialista do que quando saí”, afirmou o candidato à Câmara Municipal, focado numa disputa eleitoral que será voto a voto.

Já Sofia Canha, candidata à Câmara da Calheta, relevou o papel do Partido Socialista na melhoria das condições de vida das populações, salientando que “ser de esquerda é considerar que qualquer pessoa tem direito a viver com dignidade” e acesso a serviços essenciais de saúde, educação, habitação e cultura. A também deputada à Assembleia da República referiu que em 50 anos nem tudo foi perfeito e que tem de haver margem para ajustes e para melhorias, sublinhando que a intenção do PS é dar dignidade a todas as pessoas e não apenas às elites.

O candidato à Câmara de Câmara de Lobos salientou o trabalho de proximidade que o PS tem feito no município, com as melhores propostas para que a melhoria das condições de vida se estenda a todo o concelho. Nilson Jardim alertou para os problemas da habitação e da mobilidade e defendeu a necessidade de o município poder encontrar outras fontes de receita para melhor acudir à população, reivindicando parte das verbas arrecadadas no Cabo Girão, bem como uma parte do IVA gerado no concelho.

Por seu lado, Pedro Diniz disse assumir a candidatura à Câmara de Santa Cruz com orgulho e sentido de responsabilidade e considerou urgente que sejam os os autarcas socialistas a “levantar bem alto a bandeira da proximidade, da justiça social e da ação concreta”.

O socialista mostrou a vontade de devolver esperança a “quem quase tinha desistido de acreditar” e mostrou-se empenhado em resolver os problemas nas áreas da habitação, mobilidade, cultura, juventude, ação social, desporto, ambiente, e economia sustentável.

Pelo Funchal, Rui Caetano deu conta da responsabilidade de todos no combate ao discurso da extrema-direita, da demagogia e da falta de pensamento político. “Temos de ter a responsabilidade de defender a liberdade e a democracia, que estão em causa neste momento. No Funchal, o que Miguel Albuquerque pretende fazer é colocar um delegado do Governo na câmara para fazerem o que querem e entendem e para não haver qualquer reivindicação”, denunciou.

O candidato à autarquia funchalense acusou o atual executivo camarário de ter recebido milhões de euros de impostos, mas nada ter feito para resolver os problemas da cidade. “O trânsito está um caos, não há habitação, segurança nem qualidade de vida, porque se venderam aos interesses e à especulação imobiliária”, disse, acreditando que é possível fazer a diferença no Funchal.

Por seu turno, Olavo Câmara disse que “vai para ganhar no Porto Moniz”, garantindo colocar sempre as pessoas em primeiro lugar. O socialista adiantou que a educação continuará a ser gratuita, que serão reforçados os apoios aos idosos e às famílias, salientando que foi com o PS que estas medidas foram implementadas e fizeram a diferença na vida das pessoas do concelho.

Por fim, Célia Pessegueiro destacou o trajeto feito na Ponta do Sol, sempre ao lado do povo e daqueles que mais precisam, construindo uma relação de confiança, que pretende continuar.

A presidente e recandidata à autarquia, salientou que o PS, apesar das dificuldades, nunca virou a cara às pessoas e que é com base nessa confiança que espera poder continuar o trabalho que tem vindo a desenvolver.

A autarca deixou ainda sentidas palavras aos falecidos José Manuel Coelho (natural da Ponta do Sol), Emanuel Jardim Fernandes e Martins Júnior, pessoas que “foram uma referência, uma inspiração e que nos deram motivação para fazermos o trabalho que era necessário fazer”.