Na ocasião, a deputada Sofia Canha deu conta que o Governo Regional «insiste em querer tornar o tema da Saúde um não assunto», mas deixou claro que «o Partido Socialista insiste em trazer para o debate e para a agenda política este assunto, não fossem até as diversas notícias que vão saindo e que vão dando conta dos vários problemas que ainda temos nesta área».
«É preciso políticas para a Saúde. É preciso que haja medidas concretas e sérias», defendeu a parlamentar, considerando que «o Governo Regional não pode é querer fazer esconder ou dar sempre uma imagem de que estamos bem, que estamos melhor comparativamente a outras áreas do País, para não mostrar as fragilidades que o nosso sistema de saúde tem».
Sofia Canha referiu que na Região temos uma grande cobertura de centros de saúde, mas constatou que foram-se construindo ao longo do tempo vários centros de saúde novos, «mas foram-se esquecendo as antigas infraestruturas, chegando a um ponto de degradação tal que a sua situação passou a ser insustentável e deixaram de ter as condições para os melhores serviços de saúde».
Um desses exemplos é o Centro de Saúde do Bom Jesus, que já está em obras «há quase cinco anos». «As obras em saúde não se compadecem com esta morosidade que se tem notado neste centro de saúde», afirmou, dando conta que o mesmo tem diversos serviços que estão a funcionar em condições «muito más, em que os trabalhadores estão a prestar serviço em condições que não são as melhores e os próprios utentes sentem e não estão servidos naquilo que seriam os melhores cuidados».
Por outro lado, a deputada socialista assinalou o facto de, finalmente, este ano arrancarem as obras de melhoramento do Centro de Saúde da Calheta, que é a principal infraestrutura de cuidados de saúde primários daquele concelho e tem serviço de urgência. «Congratulamo-nos com o facto de as obras finalmente se iniciarem e haver essas melhorias. Aquilo que nos preocupa é o facto de aquele concelho não ter uma rede de transportes públicos adequada», sustentou. A deputada questiona, com a deslocalização dos serviços para os Prazeres (enquanto decorrerem as obras no centro de Saúde da Calheta), «como é que se vai garantir a acessibilidade dos utentes para esta área?»
«Apelamos a que o Governo olhe com uma atenção para esta situação, garantindo que há transportes de todo o concelho com uma maior regularidade até aos Prazeres», finalizou.