InícioAtualidadeÉ necessário aumentar o número de camas para cuidados continuados

É necessário aumentar o número de camas para cuidados continuados

Este responsável aproveitou também para referir que as altas problemáticas não significam abandono dos familiares no hospital, mas sim falta de condições para os terem em casa, defendendo também os cuidados continuados de longa duração. «É preciso redefinir aquilo que são lares e que são cuidados continuados, mesmo de longa duração».

Élvio Jesus referiu também que os cuidados de saúde primários são fundamentais.

Por seu turno, Marta Dora Ornelas, médica de família, fez uma intervenção sobre os cuidados de saúde primários, adiantando que apesar das condicionantes e das limitações que por vezes estes profissionais enfrentam, todos têm sempre como objetivo a prestação dos melhores cuidados de saúde. A profissional destacou a importância dos médicos de família terem meios para trabalharem e para conseguirem atender a população em tempo útil.

Marta Ornelas considerou que toda a gente deveria ter acesso ao médico de família e deu conta da importância de termos cuidados de saúde eficientes. Segundo afirmou, nos cuidados de saúde primários podem prevenir-se muitas doenças.

Já Rui Almeida, médico de família, defendeu que os tratamentos têm de ser sempre de excelência para todos os doentes. Este orador advogou também que as escolas podem servir para educar as crianças no que diz respeito à prevenção da doença, sendo defensor de que esta vertente esteja incluída nos planos curriculares.

Rui Almeida foi ainda perentório em afirmar que «tem de haver dinheiro para a Saúde e para a Educação».

Por seu lado, Luísa Gouveia, técnica superior de diagnóstico e terapêutica, abordou a temática dos exames complementares de diagnóstico, tendo afirmado que a execução dos exames é muito mais morosa hoje em dia, porque há mais especialidades, um aumento da prescrição, bem como um aumento das pessoas idosas.

Esta profissional sustentou que deveria haver um trabalho preventivo, por exemplo na questão da postura, e salientou a importância dos rastreios.

Por fim, Gil Alves, presidente da Delegação Regional da Ordem dos Médicos Dentistas, falou do paradigma da saúde oral na Região ao longo dos anos, fazendo também referência ao programa de saúde oral nas escolas.

O médico dentista abordou a possibilidade de incluir mais profissionais destes no hospital e disse ser proposta da Ordem ter médico dentista em todos os concelhos.

Gil Alves salientou ainda que é necessário mais investimento na promoção e prevenção da saúde oral e deixou uma mensagem: «sem uma boa saúde oral, não há saúde geral».