O líder parlamentar do PS-Madeira criticou, hoje, o percurso que tem sido feito pelos sucessivos governos do PSD na Região (o último dos quais em coligação com o CDS), apontando que a dívida criada hipotecou o passado, o presente e o futuro da Madeira e dos madeirenses.
Na abertura das Jornadas Parlamentares do PS, que decorrem ao longo desta manhã na Assembleia Legislativa da Madeira, Rui Caetano deu conta que ainda hoje os madeirenses e os porto-santenses estão a pagar a “estratégia completamente errada” dos sucessivos governos regionais, que teve como resultado uma dívida escondida, feita nas costas da população e que colocou em causa a sua qualidade de vida. Tal como afirmou, o PSD montou um modelo de desenvolvimento baseado na dívida descomunal, sendo que, só este ano, o Orçamento Regional tem destacado para pagamento de dívida 600 milhões de euros (cerca de 30% do orçamento).
Depois dos milhões e milhões de euros que a Região recebeu da União Europeia, dos Orçamentos do Estado e dos impostos dos contribuintes madeirenses, Rui Caetano apontou que a herança deixada pelo PSD foi a região com o maior índice de risco de pobreza e exclusão social e com o menor poder de compra, sendo que muitos milhares de pessoas, apesar de terem trabalho, não conseguem sair das bolsas de pobreza. Exemplo disso, é que quase 90% dos salários dos madeirenses se aproximam do valor do salário mínimo. A falta de condições de vida na Região levou, inclusivamente, a que cerca de 17 mil pessoas tenham emigrado na última década.
Rui Caetano apontou também como problemas da governação social-democrata a falta de investimento na qualificação da população, dando conta, por exemplo, que atualmente existem cerca de 10.500 jovens entre os 16 e os 34 anos que não estudam, não trabalham nem praticam qualquer atividade.
O dirigente socialista acusou, aliás, o Governo Regional de ser negacionista e de querer esconder a realidade que é vivida pelos madeirenses.
Por oposição, afirmou que o PS defende um modelo de desenvolvimento que garanta a autonomia das pessoas e quer colocar a Autonomia ao serviço da qualidade de vida dos madeirenses e não ao serviço dos interesses político-partidários, como tem feito o PSD (e agora o CDS) ao longo de todos estes anos.