“O território tem vocações próprias. É necessário diversificar as fontes de criação de riqueza nesta Região Autónoma da Madeira”, afirmou.
O governante aproveitou ainda para defender a redução de dependências com o exterior de forma a equilibrar a sua balança económica.
“Os riscos que identifico na Madeira, podem muito bem ser combatidos com uma política própria”, acrescentou.
Paulo Cafôfo, por sua vez, colocou a coesão no centro das políticas públicas e defendeu que o desenvolvimento do território deve ter sempre em vista a redução das assimetrias existentes.
No que toca ao desenvolvimento da Região, o candidato do Partido Socialista defende que “não basta derramar dinheiro”.
“O dinheiro não é solução, principalmente quando não se sabe o que fazer com ele. Quando não se sabe o que se faz com o dinheiro, por vezes esbanja-se e não é aplicado efetivamente onde deve ser”, disse.
O despovoamento, o envelhecimento e o empobrecimento foram os principais problemas apontados por Cafôfo enquanto situações a resolver nos concelhos da costa norte.
Já José Reis, da Faculdade de Economia e Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, considerou que os problemas da coesão territorial devem ser resolvidos “ao nível regional do Governo”. O docente universitário acrescentou ainda que tem “uma inveja boa” das regiões autónomas por terem alguém que fale por si e pelos seus interesses, algo que diz não acontecer no continente.
Por fim, deixou o desejo que “Paulo Cafôfo seja o presidente do Governo Regional e que ajude Portugal a repor a coesão social”.