Esta manhã, aquando de uma visita à empresa “Santo Queijo”, situada no Santo da Serra, o líder dos socialistas madeirenses defendeu a necessidade de apoios ao tecido empresarial, para fazer face às consequências da situação pandémica, mas considerou também que o momento atual é “propício para mudar o paradigma da nossa economia”. “Nós não podemos voltar ao que éramos. Temos de fazer diferente e o setor primário deve ser um setor prioritário no novo modelo de desenvolvimento que queremos para a Região”, afirmou Paulo Cafôfo.
O presidente do PS-M entende que, no âmbito do PRR, a Região deve utilizar “os muitos milhões que irão chegar” para diminuir a dependência do exterior, valorizando o produto regional e aumentando a soberania alimentar.
O dirigente socialista adiantou que, neste ciclo que vai desde o produtor (neste caso a pecuária), à produção, à distribuição e à comercialização, é preciso que haja um processo integrado, com uma estratégia bem definida para a Região, sendo que os apoios são imprescindíveis para tal.
Enaltecendo o exemplo da empresa “Santo Queijo” na diversificação da economia regional, Paulo Cafôfo referiu que a Região pode ir mais longe e, além dos produtos que aqui são produzidos, é possível ainda aumentar o leque de opções. “Aqui na Madeira, além do requeijão e do queijo fresco, podemos ter o queijo curado, os iogurtes e uma variedade de produtos que, com o devido apoio à produção, mas também à exportação, poderão fazer com que este setor seja sustentável, que crie emprego e valorize o produto regional”, declarou.
O presidente do PS-M vincou que o futuro passa também por aqui, não voltando ao setor primário de subsistência, mas com projetos inovadores, com a modernização das empresas, a formação dos seus trabalhadores, a criação de emprego e também com um valor acrescentado do produto regional. “Esta é uma área onde o Governo Regional deveria apostar e este é o momento certo para fazê-lo, tendo em conta as verbas que iremos receber da União Europeia para ultrapassarmos este momento difícil que vivemos”, concluiu.