O Grupo Parlamentar do PS criticou, hoje, o modelo de desenvolvimento seguido pelo Governo Regional, que não tem sido capaz de resolver os problemas da Madeira, dando conta que, desde que Miguel Albuquerque tomou posse, existem mais 20 mil madeirenses em risco de pobreza e exclusão social.
Em conferência de imprensa no centro do Funchal, no dia em que o Executivo apresenta o Programa Regional Madeira 2030, com o objetivo de reduzir a pobreza em 25%, Rui Caetano lembrou que há muito o PS vem alertando para esta problemática, pelo que dirigiu uma pergunta a Miguel Albuquerque: “Por que razão é que só agora se preocupou com as medidas políticas concretas e objetivas para tentar combater a pobreza e a exclusão social na Região?”.
O líder parlamentar socialista adiantou que, atualmente, temos mais 20 mil pessoas em risco de pobreza e exclusão social do que quando Miguel Albuquerque tomou posse como presidente do Governo e exemplificou que, enquanto que em 2021 havia 73 mil pessoas nesta situação, em 2022 esse número aumentou para 76 mil.
Criticando severamente a propaganda político-partidária do Executivo para tentar esconder a realidade da Região, Rui Caetano questionou como é possível que, após milhões e milhões de euros da União Europeia, das transferências do Estado e dos impostos dos madeirenses (só este ano serão mais de mil milhões de euros de receita fiscal) a Madeira não foi capaz de resolver os problemas estruturais, um deles o risco de pobreza e exclusão social. A isto, o dirigente socialista soma os problemas na educação, na habitação e na saúde, bem como os baixos salários e a perda do poder de compra da classe média.
“Apresentar hoje um programa de combate à pobreza deveria envergonhar o senhor presidente do Governo Regional, porque, ao longo de todos estes anos, o PS tem denunciado estes problemas, mas o PSD, o CDS e o Governo têm desmentido e têm tentado esconder”, disparou Rui Caetano.