Os deputados do PS-Madeira eleitos à Assembleia da República têm trabalhado conjuntamente com a vereação socialista na Câmara Municipal de Lisboa, no sentido de conseguir que a edilidade garanta a gratuitidade dos transportes públicos também para os estudantes no ensino superior deslocados na cidade, nos quais se incluem muitos madeirenses.
Refira-se que a Câmara Municipal de Lisboa já havia aprovado a proposta que garante os transportes públicos gratuitos para jovens e idosos com mais de 65 anos, mas a vereação liderada pelo social-democrata Carlos Moedas deixou de fora os estudantes deslocados, o que, na ótica dos socialistas, era incompreensível tendo em conta o facto de aquela ser a maior cidade universitária do País e reunir estudantes provenientes de várias localidades.
Embora alertado para esta discriminação, o executivo camarário já havia chumbado uma proposta que visava este alargamento dos transportes gratuitos aos alunos deslocados, mas a oposição voltou à carga e, ontem mesmo, em reunião da Assembleia Municipal, foi aprovada uma proposta de recomendação para que a autarquia estude a referida atribuição do passe gratuito. Perante esta deliberação deste órgão autárquico, está agora nas mãos de Carlos Moedas implementar uma medida que o próprio tinha chumbado.
Conforme refere a deputada socialista Marta Freitas, os vereadores do PS na autarquia lisboeta e os deputados eleitos pela Madeira têm trabalhado em estreita colaboração neste sentido, por entenderem que esta é uma medida de particular importância para as famílias com filhos deslocados a estudar em Lisboa e que, por essa razão, têm despesas acrescidas.
A parlamentar madeirense sublinha que é da mais elementar justiça abranger os estudantes deslocados nesta medida, dando conta que há muitos alunos madeirenses a estudarem em Lisboa cujas famílias ficariam, desta forma, isentas de mais este encargo financeiro. “Perante a conjuntura atual marcada pelo aumento da inflação e do custo de vida, esta constitui uma solução fundamental para aliviar os orçamentos familiares”, justifica Marta Freitas.