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DEPUTADA DO PS QUER PROFISSÕES DO MAR NO LEQUE DA OFERTA FORMATIVA DA UMA

Num comunicado, Adelaide Ribeiro diz que se tratou de uma conversa muito proveitosa.

“Relativamente ao primeiro ponto, os grandes constrangimentos apontados prendem-se com a questão do financiamento e segundo o reitor, as Universidades da ultraperiferia têm sempre constrangimentos acrescidos pelo facto de o custo do aluno ser mais elevado na ultraperiferia”, afirmou. “Sendo as Universidades públicas tuteladas pelo Governo Central, o critério de financiamento é igual para todas as Universidades do país (com base no número de alunos) e, tendo em conta o preço do aluno, deveria ser contemplada uma dotação acrescida para as universidades das regiões autónomas na opinião do reitor”, acrescentou.

De acordo com a socialista, a regionalização dos Fundos dos Programas Operacionais acabou por dificultar o acesso da Universidade a estes fundos.

“A Região não acautelou os problemas da Universidade da Madeira e o Governo Regional não tem dado a devida atenção ao peso que a Universidade da Madeira possa ter na distribuição dessas verbas. Neste aspeto a autonomia não funcionou”, lamentou. Outro dos problemas com que a parlamentar foi confrontada tem a ver com a dificuldade em manter os estudantes Região. “De 2010 a 2016 a Universidade perdeu 700 alunos, grande parte trabalhadores-estudantes”, revelou.

Uma das soluções sugeridas por Adelaide Ribeiro passa por olhar com particular atenção para as profissões do mar, como fator de desenvolvimento e empregabilidade. A deputada observou que o Registo de Navios na Madeira, que esteve praticamente parado até 1989, assistiu a um ‘boom’ considerável nos últimos anos e, neste momento, a Madeira conta com mais de 500 navios de grande porte registados – este ano mais 20% que no ano anterior.

A deputada sugeriu assim ao reitor e vice-reitor, respeitando a autonomia da UMa, que fosse conseguida uma solução no âmbito dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (cursos de nível superior e mais direcionados para a formação em contexto de trabalho) e da introdução de uma oferta formativa relacionada com as profissões do mar e particularmente nas diferentes valências do trabalho nos navios.

“A UMa mostrou-se bastante recetiva e garantiu que ia estudar esta possibilidade, mediante a viabilização das infraestruturas necessárias, dos recursos humanos, das parcerias e protocolos a estabelecer tendo em conta a dimensão prático/profissionalizante destes cursos”, assegura em comunicado. “Quanto aos recursos financeiros, sendo estes cursos financiados com Fundos Europeus, acaba por facilitar esta formação, uma vez que os constrangimentos financeiros são, por esta via, mais facilmente ultrapassados”, disse.

A deputada considerou que a abertura demonstrada pela Universidade a faz acreditar que, a curto e a medio prazo, as profissões do mar serão “devidamente contempladas e potenciadas” na Região.