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Combate ao despovoamento e segurança das pessoas têm de ser prioridades dos investimentos camarários em São Vicente

O desenvolvimento do concelho de São Vicente tem de ser feito com uma linha estratégica clara, com critério e dando resposta às verdadeiras prioridades de quem cá vive e trabalha. Helena Freitas aponta que o investimento municipal tem de ser aplicado onde realmente mais faz falta e não para inaugurações com fins eleitoralistas, numa referência à inauguração da nova biblioteca municipal, realizada esta quarta-feira com a presença do presidente do Governo Regional.

A candidata do PS critica a postura de “mão estendida” do executivo liderado por José António Garcês. “Ver um presidente da Câmara a fazer uma lista de pedidos avulsos a Miguel Albuquerque não faz sentido numa autarquia que tem em 2021 um orçamento municipal de quase 8 milhões de euros. Os interesses de São Vicente têm de ser defendidos de outra forma, pedindo apoio ao Governo Regional para projetos que possam fazer a diferença do ponto de vista económico e social”, aponta Helena Freitas.

“Nada temos contra o facto de o concelho passar a contar com uma nova biblioteca. O que nos preocupa é o facto de se inverter as prioridades. Querer construir uma nova escola primária e um novo pavilhão desportivo sem ter uma estratégia para inverter a tendência de despovoamento que afeta o nosso concelho, que crie incentivos para a fixação de jovens e famílias aliados à criação de postos de trabalho, revela que o atual executivo está agarrado a um modelo de desenvolvimento desligado da realidade”, acrescenta a candidata.

Para a candidata do PS, o concelho de São Vicente tem de implementar com urgência uma estratégia para fixar população jovem e combater o despovoamento do concelho. Helena Freitas aponta como soluções conciliar uma estratégia de captação de investimentos com uma aposta na criação de oportunidades, nomeadamente com uma aposta consistente na área do ensino profissional e a criação de condições para captar investidores para o concelho, seja na agricultura, como na área do turismo, onde o concelho tem um grande potencial ainda por explorar.

Helena Freitas deixa críticas também ao anúncio feito por Miguel Albuquerque, que adiantou que o Governo Regional vai avançar com a requalificação da frente mar de São Vicente.

“O presidente do Governo Regional indicou que a requalificação vai avançar sem pôr em causa a configuração morfológica do calhau. Estaremos atentos se isso será feito mesmo assim e se serão acautelados os perigos inerentes à requalificação da frente mar identificados no Estudo de Impacte Ambiental para evitar situações graves. Miguel Albuquerque já nos habitou a dizer que toma decisões “quer queiram quer não queiram”, sem ouvir ninguém. Gostaríamos de ver o Governo Regional com igual convicção para assegurar a segurança das pessoas em outros locais do concelho, nomeadamente com uma intervenção urgente de proteção da costa na freguesia da Ponta Delgada, na zona entre o sítio dos Lagares e a Igreja, há muito pedida pelos moradores sem qualquer resposta. Este, sim, deveria ter sido um pedido feito por José António Garcês a Miguel Albuquerque para defender o bem comum de São Vicente”, conclui Helena Freitas.