É fundamental continuar a combater a ideia ainda enraizada de que estes crimes são da esfera da vida privada e que cada vez mais se perceba que se tratam de crimes que devem ser punidos com mão pesada pela lei, ao mesmo tempo que se dá resposta adequada às vítimas,defendem as Mulheres socialistas. A posição do Departamento de Mulheres do PS-M está inserida no âmbito do Dia Mundial pela Eliminação da Violência contra as Mulheres.
O comunicado socialista, assinado pela presidente Mafalda Gonçalves, refere que o Departamento reuniu a sua comissão política para recordar a data e reflectir sobre esta temática ao nível regional.
Por outro lado, o presidente do partido, Carlos Pereira, assumiu uma posição intransigente pelo fim da violência doméstica e sexual, do tráfico de mulheres, dos casamentos forçados, da mutilação genital feminina, do feminicídio e do assédio sexual e moral.
A violência de género representa a forma mais extrema da desigualdade global e sistemática vivenciada pelas mulheres e jovens. Recentemente, o PS-M visitou a Associação Presença Feminina, onde teve conhecimento que o número de casos declarados de violência contra as mulheres e jovens na fase de namoro tem vindo a aumentar nos últimos anos. Curiosamente, a violência doméstica na Madeira encontra-se, por sua vez, acima da média nacional, situação pela qual o PS-M lamenta, propondo um estudo premente da situação real na RAM, com o propósito de reduzir esta realidade.
De facto, este flagelo social tem de ser travado. Urge a criação de estruturas, que minorem este drama na nossa região, começando pela ação de prevenção nas escolas, no sentido de sensibilizar e educar, sendo essencial um papel mais veemente por parte do Governo Regional.
A crise económica e as medidas de austeridade impostas em Portugal, agravou seriamente a situação destas mulheres, quer pela intensidade da violência sofrida diariamente, quer porque as vítimas encontram maiores dificuldades em reformular ou reconstruir as suas vidas.
Neste pressuposto, o PS-M manifesta um firme repúdio em relação aos atos de violência contra as mulheres e, por fim, enaltece o trabalho realizado pelas entidades e profissionais que acompanham, regularmente, estes casos, uma vez que combater a violência contra as mulheres é um preceito/ dever de todos.