Carlos Pereira começou por lembrar que a proteção civil é uma matéria regionalizada e cuja primeira responsabilidade é do Governo Regional, mas considerou que, tendo em conta alguns problemas graves que ocorreram na Região, seja do ponto de vista de inundações, seja de incêndios, «é natural que haja uma preocupação acrescida também por parte do Estado no sentido de assegurar que os portugueses madeirenses têm total segurança».
Neste sentido, disse que, na sequência da tragédia dos incêndios de 2016, «o Partido Socialista na Assembleia da República procurou criar condições para que houvesse apoio direto da República para assegurar melhores condições do ponto de vista da Proteção Civil aqui na Região Autónoma da Madeira». O candidato recordou a avaliação de prejuízos que foi feita, na ordem de 150 milhões de euros (uma parte mais urgente e outra menos urgente), tendo havido um compromisso do Estado em assegurar 80% desses custos. Tal como afirmou, essas matérias foram sendo colocadas no Orçamento de Estado. Uma medida dizia respeito a assegurar meios de apoio para a proteção civil, nomeadamente veículos que eram necessários, sendo que, «hoje, temos consciência que esse processo está praticamente finalizado». «Estamos a falar de um investimento muito próximo de 5 milhões de euros e isso foi financiado 85% pelo POSEUR na sequência de uma alteração que se fez a este programa para apoiar a Madeira. Isso foi uma medida que nós apresentámos na altura e batalhamos para isso», sustentou. Carlos Pereira disse ter ouvido «com satisfação» o presidente da Proteção Civil dizer que esses processos estão praticamente concluídos, sendo que em causa estão cerca de 30 viaturas que vão estar disponíveis para apoiar na segurança dos madeirenses. «É muito gratificante saber que aquilo que nós propusemos fazer e aquilo que nós fizemos nessa altura está hoje concretizado e a dar os seus frutos», vincou.
Por outro lado, o candidato lembrou a controvérsia que durante muito tempo houve na Região sobre a possibilidade ou não de usar meios aéreos no combate a incêndios. Tal como referiu, foi a partir de um projeto de resolução que o PS submeteu à Assembleia da República, e que o próprio discutiu com o secretário de Estado da Proteção Civil, que foi possível avaliar, no terreno, com um projeto demonstrador, se havia ou não condições de utilizar os referidos meios. «Houve vários testes que foram feitos na RAM com um meio aéreo, houve um estudo na sequência desses momentos demonstrativos e acabou-se por concluir que a Madeira tinha condições para utilizar o meio aéreo», salientou Carlos Pereira.
Além destas conquistas já alcançadas, o candidato assegura o objetivo do PS-M de continuar a trabalhar «para que as populações da Madeira possam sentir-se mais seguras e que, de alguma forma, o Estado se responsabilize por essa segurança também». «Nós continuaremos a fazer o trabalho no sentido que mais coisas desta natureza possam ser garantidas», rematou.