InícioAtualidadeCARLOS PEREIRA DESAFIA TAP A LANÇAR CAMPANHA PROMOCIONAL

CARLOS PEREIRA DESAFIA TAP A LANÇAR CAMPANHA PROMOCIONAL

Na carta dirigida ao administrador da transportadora aérea, o também presidente do PS-M recorda que o Estado português tem em funcionamento um mecanismo de apoio à mobilidade aérea dos cidadãos da Madeira e dos Açores, no quadro da continuidade territorial, que tem beneficiado as companhias que operam nas regiões autónomas, incluindo a TAP.

“Apesar de tudo, este modelo não tem provocado a esperada queda substantiva do custo das tarifas na RAM, também por parte da TAP, que, em picos de procura, já claramente identificados, ascendem a valores absolutamente proibitivos, superiores a 500 euros, afectando muito directamente os jovens estudantes”, anotou o deputado socialista.

Como se isso não bastasse, a TAP realizou recentemente uma campanha promocional do destino de Canárias, concorrente directo do turismo madeirense, com preços muito competitivos e muito abaixo da média das tarifas que a companhia pratica entre o Continente e a Região.

Carlos Pereira diz ser “pouco compreensível que a companhia de bandeira portuguesa inaugure uma campanha para o arquipélago das Canárias”, quando tal causa “uma natural indignação” dos madeirenses porque não só “promove o desvio de turistas para Canárias”, como também “revela que a TAP poderia efectivamente ter preços mais baixos para a Madeira”, bastando para isso comparar as tarifas praticadas nesse período para aquele arquipélago espanhol.

Ora, se o destino Madeira é “um bom negócio para a TAP” e tendo em conta que os preços das tarifas praticados pela companhia de e para o Funchal “são muito elevados” nas alturas de maior procura, mesmo após o reembolso por via dos subsídios de mobilidade, Carlos Pereira alerta para “a necessidade de uma reapreciação profunda destas abordagens estratégicas e operacionais praticadas pela TAP, de modo a ir ao encontro do interesse geral”.

Sem querer colocar em causa as premissas financeiras da empresa, “parece óbvio concluir que há um aproveitamento excessivo do enquadramento em vigor que não favorece os cidadãos da Madeira”, conclui.