No debate sobre Coesão e Desenvolvimento Territorial, no âmbito dos Estados Gerais do PS, Paulo Cafôfo disse que a «coesão tem de estar no centro das políticas públicas» e defendeu o desenvolvimento do território tendo sempre em vista a redução dos desequilíbrios que existem.
Tal como afirmou, a Região desenvolveu-se com os fundos da União Europeia, mas a questão é que «não basta derramar dinheiro». «O dinheiro não é solução, principalmente quando não se sabe o que fazer com ele. Quando não se sabe o que se faz com o dinheiro, por vezes esbanja-se e não é aplicado efetivamente onde deve ser», sustentou.
Paulo Cafôfo apontou os problemas do despovoamento, envelhecimento e empobrecimento que afetam os concelhos da costa norte, situação que quer combater. Deixou ainda alguns dados concretos que exemplificam essas assimetrias, nomeadamente o facto de 80% da população madeirense residir em apenas quatro concelhos – Funchal, Santa Cruz, Machico e Câmara de Lobos – e que entre 2011 e 2016 a população da Madeira diminuiu 4,8% em todos os concelhos, à exceção de Santa Cruz.
Já José Reis, da Faculdade de Economia e Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, considerou que «é ao nível regional do Governo que é crucial resolver estes problemas» da coesão territorial. O orador disse ver fragilidades territoriais muito fortes no continente e acrescentou que «o tema da coesão territorial faz sentido enquanto princípio de todas as políticas regionais.