Paulo Cafôfo considera que “o Porto Santo só é lembrado pelo Governo Regional quando os seus membros vêm de férias à Ilha Dourada”. Afirmação proferida pelo Presidente do PS Madeira, que ontem, conjuntamente com Marta Freitas, Secretária-Geral, participou na tomada de posse da Concelhia do Porto Santo, agora presidida por Nádia Melim.
“Esquecidos”, é como classifica a forma como o governo de Miguel Albuquerque tem tratado os habitantes da Ilha Dourada. “Aproximamo-nos do mês de janeiro e, novamente, não teremos ligação marítima para passageiros entre o Porto Santo e o Funchal. Assegurar a ligação é uma responsabilidade do Governo Regional que, ano após ano faz ouvidos de mercador aos pedidos dos porto-santenses. Compreendemos que o navio Lobo Marinho tem de parar para fazer as revisões exigíveis e para operar na linha com todas as condições de segurança, mas consideramos que cabe ao Governo Regional encontrar uma alternativa, com outro navio, para esse período.”
Uma das áreas com maior debilidade naquela ilha é a da saúde. Nesse âmbito, Paulo Cafôfo classificou como “deploráveis” as declarações proferidas por Miguel Albuquerque, em que referiu que as obras da Unidade Local de Saúde do Porto Santo irão parar, pelo facto de o Orçamento Regional para 2025 não ter sido aprovado. “A obra não irá parar porque o Orçamento foi reprovado. Ela só parará se o governo mandar parar”, esclareceu o presidente do PS-Madeira, desmontando a “manipulação” que, mais uma vez, Miguel Albuquerque recorre, para tirar dividendos políticos. Cafôfo fez questão de vincar que este ano foram inscritos 4,8 milhões de euros para esse efeito no Orçamento, o que faz com que, na situação da Região ser gerida em duodécimos, a obra não pára, e até haver novo orçamento, o governo pode utilizar até aquele montante durante o ano de 2025.”
O Presidente do PS Madeira acrescentou ainda que, no que concerne à nova unidade de saúde, além da obra, o governo deveria preocupar-se com os recursos humanos. “Não basta haver paredes novas, é necessário haver profissionais de saúde que queiram vir para o Porto Santo, dotando o novo centro de saúde, com outra dimensão, dos recursos humanos imprescindíveis ao seu bom funcionamento.” E deu exemplos: “temos neste momento cerca de 25 enfermeiros, mas a nova Unidade Local de Saúde, necessita de 80 daqueles profissionais. O que está a fazer o Secretário Regional da Saúde, que foi rápido em vir fechar a sua casa de férias no Porto Santo, durante os incêndios no mês agosto, mas que não é proativo em trabalhar em medidas para atrair e fixar profissionais para a nova unidade?”
Quanto à nova Presidente da Concelhia do Porto Santo, Nádia Melim, diz-se “motivada” para com “proximidade” fazer um trabalho em prol da defesa Porto-santenses, num município onde o PS já teve por várias vezes responsabilidades executivas na autarquia local. Num momento em que o PSD local está dividido, o PS está coeso e tem o seu processo eleitoral concelhio concluído, estando unicamente focado em construir um projeto que mereça a confiança dos porto-santenses.