Paulo Cafôfo defende a realização de eleições internas para clarificar e reforçar a liderança do PS-Madeira, ainda antes das eleições regionais antecipadas, de modo a que o Partido se apresente como a alternativa sólida e consistente para liderar a mudança governativa que se impõe na Região.
Numa declaração política proferida hoje, ao início da noite, o líder socialista adiantou que, respeitando os prazos do Presidente da República no que concerne à marcação das eleições regionais e respeitando os estatutos do Partido, a Comissão Regional do PS-M irá reunir-se este domingo com caráter de urgência, sendo que, perante este órgão, irá propor eleições internas para a liderança do Partido, a tempo de o novo presidente ter a oportunidade de elaborar a lista de candidatos à Assembleia Legislativa Regional, bem como apresentar o respetivo programa eleitoral.
Salientando que este é um momento de clarificação, de responsabilidade e de ação, Paulo Cafôfo referiu que “o ruído” a que temos sistematicamente assistido (que nos últimos dias teve mais desenvolvimentos), que pretende lançar dúvidas sobre a legitimidade da liderança do PS-Madeira, “exige uma resposta clara” da sua parte e um compromisso inequívoco com os valores que sempre defendeu: a transparência, a democracia e o respeito pelas instituições.
“Como presidente do PS-Madeira, e numa atitude de profundo respeito pelas regras democráticas que nos norteiam, considero que a liderança do nosso partido deve ser reforçada em eleições internas antes das próximas eleições regionais”, declarou, adiantando que será novamente candidato.
Ao contrário de outros líderes partidários, o presidente do PS-Madeira asseverou que não tem medo de eleições internas, pelo que é “com humildade” que a elas se submete, respeitando aquela que será a decisão dos militantes. “Entendo que este passo é essencial para assegurar a confiança de todos os militantes e simpatizantes, bem como para preparar o PS-Madeira com a determinação e a mobilização necessárias para enfrentar os desafios que temos pela frente”, manifestou.
Questionado pelos jornalistas, Paulo Cafôfo adiantou que, perante a previsão de as eleições regionais serem a 16 de março, as listas de candidatos terão de ser apresentadas no início de fevereiro, pelo que propõe que as eleições internas se realizem a 31 de janeiro, precisamente para dar tempo a que o novo presidente possa escolher os candidatos a deputados para representarem o PS na Assembleia Legislativa da Madeira.
O líder dos socialistas teceu duras críticas a Carlos Pereira, que já poderia ter concorrido a três eleições internas, mas não o fez, vindo continuadamente para a praça pública lançar dúvidas sobre esta liderança. “Eu não tenho medo de eleições internas. Ao contrário de Miguel Albuquerque, que tem medo de realizar um congresso extraordinário e de se submeter a eleições internas com Manuel António, eu não tenho medo de me submeter a eleições com Carlos Pereira”, afirmou, acrescentando que quer que a sua liderança “seja reforçada, para dar mais força ao PS, para estarmos em condições de ir para eleições muito fortes, mobilizados e com capacidade para sermos Governo nesta Região já daqui a poucos meses”.
Paulo Cafôfo sublinhou que este é um momento decisivo para a Madeira e que a Região enfrenta desafios que exigem estabilidade, compromisso, responsabilidade e uma visão certeira para o futuro. Realçou, por isso, que o PS-M é a única força política capaz de assegurar a estabilidade tão necessária para enfrentar os problemas e executar as soluções de que a Região precisa e os madeirenses e porto-santenses merecem.
“Estamos prontos para sermos Governo, com um projeto credível, pessoas competentes e com compromissos sérios com os madeirenses e porto-santenses”, disse Cafôfo, afirmando-se preparado para liderar essa mudança, oferecendo uma alternativa sólida e consistente para o futuro.
No entender do líder socialista, as eleições regionais devem acontecer rapidamente, respeitando o interesse da Madeira e dos madeirenses, e, mais do que nunca, é essencial garantir uma mudança na liderança da Região, para responder às reais necessidades da população e criar oportunidades para todos. “É por isso que reafirmo que esta não é apenas uma decisão partidária, mas uma decisão que coloca o interesse dos madeirenses e dos porto-santenses acima de tudo”, evidenciou, vincando que “um PS forte é essencial para termos uma Madeira melhor”.
Neste que é um momento de decisão e de compromisso, Paulo Cafôfo reafirmou a sua total disponibilidade para servir o PS-M e a Madeira com humildade, muita vontade, energia e determinação. “Comigo, no PS-Madeira, estamos unidos por um compromisso: promover um progresso que chegue a todos, apoiando quem mais precisa, com uma melhor democracia e mais Autonomia, e um desenvolvimento integral que signifique pujança económica e uma redistribuição da riqueza que proporcione bem-estar a toda a população, sempre com as pessoas em primeiro lugar”, afiançou.