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Boa integração das comunidades e resposta ao desafio demográfico são apostas do PS

Implementar soluções para a efetiva boa integração das comunidades de emigrantes e lusodescendentes que regressam à Região e imigrantes que escolhem a Madeira para viver é um dos compromissos do PS-Madeira, que vê também nesta realidade uma forma de contribuir para responder ao desafio demográfico.

A garantia foi deixada esta tarde por Sérgio Gonçalves, no decorrer da iniciativa ‘À Conversa com a Diáspora’, evento que teve em vista discutir as soluções que o partido tenciona implementar dirigidas às comunidades, assim que for Governo na Madeira.

Como referiu, um dos grandes desafios que se coloca nos próximos anos é precisamente aquele relacionado com a questão demográfica, sendo que a atração de pessoas para viver e trabalhar na Região é fundamental para garantir a sustentabilidade da economia e da sociedade. Neste campo, o candidato a presidente do Governo considerou que as comunidades têm um papel importantíssimo a desempenhar e que, quer os que regressam da diáspora, quer aqueles oriundos de outros países que escolhem a Madeira para viver, precisam de um Governo que tenha medidas adequadas para a sua boa integração.

Assim, o líder socialista elencou algumas das medidas que pretende implementar, entre as quais a criação de um Balcão de Chegada, para orientar nas diversas necessidades e dúvidas que todas estas pessoas possam ter relativamente a processos de nacionalidade, documentação necessária para a continuação de estudos na Região e apoios existentes para a criação do próprio emprego, bem como envidar diligências para a criação de um Balcão da Nacionalidade, integrado na conservatória dos registos centrais do Funchal.

A outro nível, o candidato do PS defendeu a implementação da componente de emprego do programa Regressar. Como deu conta, as verbas para este efeito são transferidas pelo Estado, mas o atual Governo Regional não põe em prática esta medida, quando esta é uma responsabilidade sua.

Por outro lado, Sérgio Gonçalves quer assegurar para estes cidadãos as mesmas condições que defende para todos os madeirenses, nomeadamente no que se refere ao acesso à saúde e a escolaridade obrigatória gratuita.

Com vista à integração das comunidades, o PS pretende, quando for Governo, criar um novo complexo desportivo e cultural, com condições para a prática de diferentes modalidades e eventos, para que estes cidadãos mantenham uma ligação com os costumes dos países de origem.

“O desafio demográfico tem de ser combatido. Nós temos de criar condições para que quem cá nasce queira cá viver, possa trabalhar e ter uma vida condigna e para que aqueles que emigraram no passado por falta de oportunidades e que queiram regressar sintam que a Madeira tem oportunidades para oferecer e que é uma região atrativa para viver e para trabalhar”, afirmou Sérgio Gonçalves, sublinhando que o PS quer, efetivamente, criar igualdade de oportunidades para todos.

O evento contou igualmente com a participação de Paulo Cafôfo, que destacou a relação intensa que a diáspora tem com a Madeira. O presidente da Comissão Regional do PS, que é também secretário de Estado das Comunidades, salientou que a diáspora é um grande ativo estratégico, lembrando o contributo que, ao longo dos anos, as comunidades foram dando para o desenvolvimento e para a abertura cultural da Região.

Cafôfo aproveitou para referir que o Governo Regional tem de implementar medidas para apoiar os que regressam, mas também os que estão na diáspora, defendendo um programa de apoio às associações madeirenses no mundo, bem como um programa para captar investimento da diáspora.

Alertou ainda para a necessidade de implementar a componente de emprego do Programa Regressar, que é uma competência da Região e só não é uma realidade porque o atual Governo Regional não quer. Como referiu, este ano, o Governo da República já transferiu 13,1 milhões de euros para a Segurança Social da Madeira, destinadas a medidas de emprego, cabendo ao Executivo madeirense pô-las em prática.

De referir que a iniciativa contou também com a participação de Jesús Santana, coordenador da Secção da Diáspora e das Comunidades do PS, e de algumas dezenas de emigrantes e lusodescendentes.