Sérgio Gonçalves assegurou, hoje, que a baixa de impostos sobre os madeirenses e os apoios efetivos às empresas serão uma realidade quando o PS for Governo Regional.
A garantia foi deixada esta tarde, aquando de uma visita à Expomadeira, momento em que o presidente dos socialistas madeirenses e cabeça de lista às eleições legislativas regionais de 24 de setembro teceu fortes críticas ao Executivo do PSD-CDS, precisamente pelo facto de ter a possibilidade de reduzir a carga fiscal na Região e não o fazer e por privar o tecido empresarial dos necessários apoios para o robustecimento da nossa economia.
“Além da redução do IRC, que, na verdade, resulta da proposta defendida pelo PS em 2019, 2020 e 2021 – que o PSD e o CDS então chumbaram, alegando ser inviável – é igualmente necessário aplicar o diferencial fiscal de 30% a que a Região tem direito em todos os escalões do IRS, para permitir um aumento do rendimento líquido para todos os trabalhadores, bem como nas taxas do IVA, de modo a baixar os preços dos bens e serviços”, insistiu Sérgio Gonçalves.
O líder socialista considerou inadmissível que, estando os madeirenses a enfrentar enormes dificuldades devido ao aumento brutal do custo de vida, o Governo Regional continue obcecado em arrecadar receita fiscal e, paradoxalmente, prossiga com o seu “habitual discurso demagógico” de defender o alargamento do diferencial fiscal.
“Como é que o Governo defende um sistema fiscal próprio e impostos mais baixos e não esgota as margens e os poderes que tem, precisamente para continuar a amealhar receita à conta do estrangulamento do orçamento das famílias madeirenses?”, questionou Sérgio Gonçalves, lembrando que, à semelhança do que aconteceu o ano passado, este ano o Executivo vai arrecadar mais de mil milhões de euros de receita fiscal.
Por outro lado, encontrando-se a visitar a montra do tecido empresarial, o presidente do PS deixou igualmente reparos em relação ao tratamento que o Governo Regional tem dado às empresas da Região, “propagandeando apoios que não chegaram a efetivar-se”. Exemplo disso, apontou, foi o que se passou em relação às linhas ‘INVESTE RAM’, ao abrigo da quais foi anunciado um apoio às empresas na ordem de 100 milhões de euros, quando, na realidade, apenas foram derramados 43 milhões de euros no tecido empresarial, o que “deixa a descoberto a manobra governativa com o intuito de enganar os madeirenses”.
Sérgio Gonçalves apontou ainda baterias ao Executivo por abandonar as empresas, privando-as das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência. Exemplo disso foi o facto de os 114 milhões de euros destinados à transição digital terem sido totalmente alocados a investimento público.
Como evidenciou o presidente dos socialistas, esta realidade é a prova da necessária mudança de políticas que se impõe na Região, apostando efetivamente no tecido empresarial, de modo a criar emprego e riqueza e promover um crescimento económico sustentado.
“Estamos perante um Governo Regional esgotado e sem soluções. É urgente responder aos problemas e desafios que se colocam aos madeirenses e isso só é possível com uma mudança governativa”, afirmou, vincando que o PS é a única alternativa, com novas prioridades e soluções para mudar a Madeira.