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ARM faz “bullying” à Câmara do Funchal e põe em causa o seu funcionamento

Hoje, na audição parlamentar ao presidente da ARM, Amílcar Gonçalves, sobre os investimentos no setor da água potável e da água de rega da ARM e o seu equilíbrio financeiro face à dívida da CMF, ficaram mais uma vez bem claras as falsidades e o ataque deliberado desta empresa à autarquia da capital, funcionando, desta forma, como um braço armado do Governo Regional contra este município, apenas por ser de cor política diferente.

Convém lembrar que este diferendo já não vem de 2014.  Tal como revelou o presidente do Grupo Parlamentar do PS, entre 2006 e 2013, a CMF, presidida por Miguel Albuquerque, «deixou arrastar uma dívida de 34. 402. 557, 63 euros, sendo que, para fazer face à mesma, foram necessários três resgates do Estado e foram realizados três acordos de pagamento entre a autarquia e a IGA/Valor Ambiente.

Por outro lado, saliente-se que, entre 2013 e 2020, já na gestão da Coligação, a edilidade já pagou à ARM 91.127.430,06 euros.

Miguel Iglésias recorda, por outro lado, que os regulamentos financeiros das taxas em vigor foram elaborados e aprovados no tempo em que o executivo era do PSD, ressalvando que a Câmara do Funchal não repercutiu no consumidor funchalense o aumento do tarifário que a ARM fez à autarquia.

Igualmente de relevar é o facto de, desde 2014, a Câmara já ter realizado e ter em execução 25 milhões de euros de investimento nas redes de água e saneamento, algo que a ARM não fez.

Face a este estado de coisas, importa esclarecer que uma parte substancial da dívida que a ARM está a executar fiscalmente é relativa à dívida deixada pelos executivos de Miguel Albuquerque e Pedro Calado.

Assinale-se que já foram feitas 197 execuções fiscais à Câmara do Funchal, sem que haja qualquer preocupação com os 1.600 trabalhadores da autarquia, que precisam de receber os seus salários. Trata-se de «bullying» da ARM à edilidade, frisou Miguel Iglésias.