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Aposta nos novos cabos submarinos capacita a Região para o futuro digital e tecnológico

O deputado do PS-Madeira à Assembleia da República Miguel Iglésias relevou, hoje, o investimento do Governo da República na renovação dos cabos submarinos que ligam o Continente, a Madeira e os Açores, uma aposta determinante não apenas na área das comunicações, mas também, e sobretudo, em termos do desenvolvimento digital e tecnológico.

O parlamentar socialista marcou presença na cerimónia de assinatura do Contrato para Fornecimento e Instalação de Cabos Submarinos – Anel CAM (Continente-Açores-Madeira), na sede da Infraestruturas de Portugal, em Almada, iniciativa que foi presidida pelo secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Mário Campolargo.

Na ocasião, Miguel Iglésias considerou este um investimento em termos tecnológicos e de infraestruturas fundamental para o futuro das regiões autónomas, em particular da Madeira. “O anel de fibra ótica permitirá assegurar que a nossa Região estará capacitada para o futuro digital, estará preparada para receber mais investimento dos setores digitais e tecnológicos, pois o anel CAM garantirá as condições e os requisitos necessários para atrair esses mesmos investimentos, além de que, na sua componente inteligente, estes cabos submarinos permitirão a deteção sísmica e de atividade náutica submarina”, salientou, sublinhando que a assinatura deste contrato constitui um marco assinalável e representa o cumprimento de mais um compromisso do PS em relação à Madeira.

De salientar que esta infraestrutura, que representa um investimento de 154 milhões de euros, com cofinanciamento europeu, é um passo importante na garantia da coesão social e territorial em termos de comunicações eletrónicas, unindo assim o País na sua dimensão continental e atlântica.

O Anel CAM é composto por um cabo com seis pares de fibra ótica, sendo que cada par suporta até 64 comprimentos de onda e cada comprimento de onda é capaz de transportar uma portadora de 400 Gbps, tendo uma capacidade de transmissão de 150 Tb/seg.

Este sistema permite a interligação à Rede Nacional de Alto Débito com quatro ligações internacionais diretas e ao PTT Equinix, bem como a possível interligação internacional de sistemas de cabos submarinos, através de par de fibra ótica disponível, sem necessidade de demodular o tráfego nas ilhas.

Sublinhe-se ainda que, graças à sua localização geográfica, Portugal surge como uma Plataforma Atlântica de amarração de cabos, funcionando como a interligação principal e central do Atlântico à Europa, constituindo-se como uma alavanca para a rede Europeia de Datacenters e Comunicações e uma porta de entrada para cabos submarinos, nomeadamente do continente americano.