“Apesar do descalabro financeiro deixado pelo PSD na câmara, esta vereação tem feito um trabalho meritório, indo ao encontro dos anseios da população, não obstante a fraca margem com que nos movemos sob o ponto de vista de verbas disponíveis”.
Ricardo Franco diz que aquilo que foi prometido à população, como obras de proximidade e de manutenção, foi conseguido. “E esta postura do Governo Regional, tratando de forma diferente as câmaras que não são da sua cor política, é gritante.
E posso até dar dois exemplos desta realidade no Porto da Cruz. Um deles é a consolidação da escarpa da ribeira que fica junto à Estrada Regional. O Governo está há três anos para intervir naquele espaço e ainda não o fez, quando na realidade é uma situação grave que merecia outra celeridade”.
Ricardo Franco diz haver dois pesos e duas medidas para situações idênticas, verificando, como afirma, que “o Governo tem sido rápido a intervir nos concelhos em que a Câmara é do PSD, mas não o faz naqueles que não são do partido que suporta esse mesmo governo. Não estamos contra essas intervenções, mas queremos é tratamento igual”.
O autarca lembra que a Assembleia recusou, com maioria PSD, estender a Lei de Meios para reconstruir o Porto da Cruz após a intempérie de 2013, mas o mesmo não aconteceu num outro município, esse do PSD, onde o Governo aprovou um apoio de 1,2 milhões de euros, ao abrigo da Lei de Meios, para o alargamento de uma estrada que nem tinha sido afetada pelo 20 de fevereiro. Afinal, onde estão os critérios do Governo? É pelo trabalho sério e honesto em favor das populações ou pelas cores políticas?”
O presidente da Câmara não fica por aqui nas críticas ao Governo e acusa o Executivo de ter “abandonado Machico”, em função da promessa feita de intervir em nove trabalhos de recuperação, em consequência do mau tempo. “Fizemos um relatório, o Governo respondeu prometendo intervir em nove obras, especialmente vias e muralhas de proteção, mas até hoje nem uma avançou. E a população de Machico não aceita esta discriminação, porque são munícipes que pagam impostos e, no mínimo, exigem igualdade”.