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A primeira tranche da ‘Bazuca’, a diminuição da área agrícola e a Idade das Trevas de volta ao Afeganistão 

 

Madeira recebe primeira tranche da ‘Bazuca’ 
 
Foi notícia que a primeira tranche da ‘Bazuca’ chegou à Madeira, no dia 21 de agosto. Esta primeira fatia financeira vai para as empresas, saúde e emprego. É uma boa notícia para a Madeira. Este dinheiro que começa a chegar é fruto do empenho de António Costa e Mário Centeno que, na Europa, tudo fizeram para que esta não cometesse os erros da última crise de 2009.  

A Madeira contará, assim, com verbas do quadro financeiro já estabelecido, às quais acrescem estas verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, conhecido em Portugal como ‘Bazuca’. Estamos a falar de montantes que, na globalidade, são de cerca de 2 mil milhões de euros e que são importantes para o relançamento da economia. Mas, atenção, é fundamental garantir a distribuição dos fundos por todos os concelhos, reservando parte das verbas em exclusivo para os municípios. Só assim não há discriminação negativa e chegamos a todos. 

Diminuição da área agrícola em 62,5%  

Uma entrevista do doutor Miguel Ângelo Carvalho, coordenador do centro ISOPlexis, chama-nos a atenção para a perda da área agrícola na Região – uma redução na ordem dos 62,5% –  e para o facto de a nossa dependência alimentar do exterior ser de 70%. Na prática, só produzimos 30% do que consumimos a nível agrícola. Tal deve-se ao facto de, durante décadas, não terem sido valorizados os nossos agricultores, antes pelo contrário. Durante 40 anos, os Governos do PSD destratavam os nossos agricultores, rotulando-os de “Madeira Velha”, considerando que o abandono da agricultura era sinal de progresso.  

A Madeira tem de ter uma maior autonomia alimentar e não pode depender tanto da importação. Com a economia circular, a necessidade de diminuição do uso do carbono, que influencia o aquecimento global, a necessidade de cadeias curtas de abastecimento e com as verbas europeias de apoio à agricultura e pecuária, há meios e razões para o setor primário ver o seu papel reforçado e diminuirmos a nossa dependência do exterior. 

O Afeganistão e a Idade das Trevas 

Os retrocessos e o horror a que se sujeita a condição feminina no Afeganistão deixam-nos a todos angustiados por estas mulheres e jovens que se veem novamente confrontadas com a perda dos seus direitos humanos. Em pleno século XXI, assistimos ao regresso à Idade Média nesta parte do mundo. Tenho ainda esperança que a ONU e os países com maior influência global não entrem numa lógica de geopolítica, mas, neste caso, coloquem como pedra basilar a garantia dos Direitos Humanos das crianças, jovens e mulheres afegãs.