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A NAU CATRINETA DE ALBUQUERQUE

Jaime Leandro disse no seu artigo de opinião no DN-Madeira que “este (des)Governo já fez em quase dois anos mais ajustamentos, em secretários e diretores regionais, que os governos de Jardim, claro está que as diferenças visíveis são poucas ou nenhumas pois as alterações são para apagar fogos internos do PSD e não para alterar as políticas que estão erradas desde o princípio.

Que há, de facto, uma crise governativa já toda a gente se apercebeu, é indisfarçável, Albuquerque está refém dos equilíbrios que tentou construir desde logo quando deu a mão aos seus adversários internos nas eleições do PSD e posteriormente quando promove a secretários (Sérgio Marques, Eduardo Jesus e Susana Prada) deputados eleitos que se forem “despedidos” e regressarem à Assembleia lhe podem tirar o tapete e lá se vai a maioria absoluta que os mantém ao leme da Nau Catrineta, cuja estória tem a ver com o naufrágio por que passou Jorge de Albuquerque Coelho, filho do fundador da cidade de Pernambuco, Brasil, que em 1565 saiu daquela cidade com destino a Lisboa, deve ter passado pela Madeira, digo eu.

Como a Nau Catrineta a RAM foi também ela pilhada pelos corsários do regime e deixada à deriva para mal dos pecados de quem foi dando governos ao PSD e daqueles que pensando diferente e alertando para a desgraça padeceram o mesmo.

Albuquerque não tem mão no Governo, nem este tem ideias para nos resgatar do buraco onde o PSD nos enfiou.

Não basta apontar a boa performance do Turismo e concluir que isso se deve ao Secretário da tutela, não chega dizer que os pescadores fizeram uma boa safra e isso se fica a dever ao Secretário Humberto Vasconcelos, É curto constatar que o sucesso do assistencialismo social na Região se deve à Secretária Rubina Leal, pois como bem sabe o dinheiro com que brilha é mandado pelo Governo de Costa, tal qual o dinheiro das reformas e das aposentações e nem vale a pena dizer que o mesmo corresponde aos descontos efetuados pelos nossos trabalhadores porque como se sabe esse dinheiro não dava para meia missa. Não basta dizer que o SESARAM pagou a dívida comercial, sem dizer que isso só foi possível porque o Partido Socialista em 2016, como em 2015, fez inscrever no Orçamento de Estado a possibilidade de a RAM se endividar junto da banca em 75 ME em cada ano.

Este Governo o que gosta mesmo é de cumprimentar com o chapéu alheio em vez de cumprir as suas promessas: restabelecer a linha ferry com o continente (com o ARMAS ou qualquer outro), trazer o tal avião cargueiro, baixar os impostos e já agora tornar possível a existência de mais outra companhia aérea a voar para a Madeira para não termos os nossos filhos, a pagar viagens de 400, 500 e 600€ para virem passar o Natal, a par da necessária revisão de alguns aspetos do subsídio de mobilidade, suprimindo o teto dos 400€ por passagem.

Há dinheiro para tanta coisa mas não há para criar compensações, nem que seja com campanhas publicitárias que mitiguem os custos iniciais de uma nova operação aérea que em nada tem a ver com os 10Milhões de euros que Eduardo Jesus disse na Assembleia que isso custava apesar de se saber que a verdade e aquilo que disse estão tão longe como a Ponta de São Lourenço do Porto Moniz.

Valha-nos Costa!”