Sérgio Gonçalves apelou, hoje, a uma mudança na Região, para devolver futuro aos madeirenses, assegurando que o Partido Socialista tem as soluções para os problemas da população da Região.
Num jantar-comício em Santana, o candidato do PS às eleições legislativas regionais traçou a realidade atual da Região, com uma das mais elevadas taxas de risco de pobreza e exclusão social, os rendimentos médios mais baixos do país, cuidados de saúde que “deixam muito a desejar” e graves problemas no acesso à habitação. Tudo devido à governação do PSD.
Sérgio Gonçalves aproveitou a ocasião para deixar críticas ao ainda presidente do Governo Regional, que afirmou que ninguém muda para pior. “De facto, é quase impossível ficar pior do que estamos hoje. E se estamos pior hoje é porque a Madeira já mudou para pior em 2015, quando Miguel Albuquerque tudo prometeu e pouco ou nada cumpriu”, atirou, arrancando fortes aplausos da plateia.
O líder e candidato socialista salientou que é preciso mudar “para devolver futuro aos madeirenses” e assegurou que o PS tem as soluções para tal, começando por afirmar que o Executivo por si liderado irá baixar o IVA e o IRS. No caso do IVA, explicou que a redução de 22% para 16% irá representar, ao fim de um ano, um mês de poupança nas despesas. Firmou também o compromisso de reduzir o IRS, dando conta que os madeirenses pagam mais do que os açorianos em cinco dos nove escalões, apenas porque Miguel Albuquerque e o PSD assim querem. “Enchem os cofres do Governo Regional, atingem recordes de receita fiscal – são mais de mil milhões de euros cobrados aos madeirenses este ano – para não devolverem rendimentos aos madeirenses, para continuarem a esbanjar dinheiro em tachos ou em obras inúteis que teimam em continuar a inventar”, censurou.
No campo dos rendimentos, Sérgio Gonçalves adiantou ainda que o Governo do PS vai repor o subsídio de insularidade de 2% para todos os funcionários públicos e que irá aumentar o complemento regional para idosos para 100 euros mensais.
O candidato do PS não esqueceu também a habitação, uma das grandes preocupações das famílias madeirenses, apontando o facto de os jovens não conseguirem comprar ou arrendar casa e de a classe média estar estrangulada com o aumento das taxas de juro. Adiantou, por isso, que, com o PS no Governo, será incentivada a habitação cooperativa, não apenas com incentivos fiscais, mas também com cedência de terrenos do Executivo para que se possa construir casas a custos controlados para os jovens e para a classe média, bem como serão celebrados contratos-programa com todas as autarquias para que possa haver uma resposta local de habitação adequada às necessidades. Assegurou também que não irá gastar 150 milhões de euros para prolongar a Pontinha e que, em vez disso, irá usar essas verbas para construir mais 800 a 900 casas.
Sérgio Gonçalves focou igualmente as suas atenções na área da saúde, não só apontando soluções para reduzir as listas de espera, como garantindo que irá reabrir as urgências de Santana e Porto Moniz durante 24 por dia. Neste domínio, atacou Miguel Albuquerque por ter afirmado que a abertura dos centros de saúde é um dispêndio inútil de dinheiro. “O que para ele é um dispêndio inútil de dinheiro para muitos de vós pode representar a diferença entre a vida ou a morte”, expressou, condenando a postura deste Governo que “gasta 33 milhões de euros por ano em tachos de nomeação para o PSD e para o CDS”. “Isto é uma vergonha e tem de acabar”, sentenciou.
A valorização do setor primário e dos produtos regionais, para aumentar os rendimentos dos agricultores, atrair mais jovens para a agricultura e fixá-los nos concelhos rurais, respondendo ao desafio demográfico, foi outra das garantias deixadas por Sérgio Gonçalves, que reafirmou a urgência de concretizar a alternância governativa na Região e vincou que o voto no PS é o único voto que muda a Madeira.
“Este Governo já não serve a ninguém”
Por seu turno, Dorisa Aguiar, candidata a deputada, apelou à mobilização e ao voto para a construção de uma Madeira melhor liderada por Sérgio Gonçalves.
A candidata, natural de Santana, apontou baterias ao PSD e ao CDS, que apelidou de “traidores do povo” e que nada fizeram para reabrir as urgências à noite. “Este Governo já não serve a ninguém. É preciso votar no PS e colocar esta gente na rua”, desafiou.