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A geração que quer mudar a Região

É importante, quando se aproximam as eleições para o Parlamento Europeu, que se defenda a Madeira na Europa e a Europa na Madeira. Ao contrário do que muitas vezes possamos pensar, a Europa está bem presente no nosso dia-a-dia e à nossa volta. É tudo menos uma realidade distante. Pensemos, simplesmente, como seria a Madeira sem os investimentos que foram possíveis com o financiamento dos Fundos Comunitários?

Grande parte dos nossos desafios dependem das respostas que a União Europeia dá à Região, e do reconhecimento da nossa condição de ultraperiferia: o afastamento geográfico, a insularidade, a pequena dimensão, a orografia e clima difíceis, a dependência económica. A este respeito, o Parlamento Europeu deu recentemente uma mensagem clara do que deverá ser a política de coesão. A Comissão do Desenvolvimento Regional votou favoravelmente a taxa de cofinanciamento de 85% para as regiões ultraperiféricas, em relação aos Fundos de Coesão para o período de 2021-2027, independentemente dos níveis de desenvolvimento.

A nossa eurodeputada Liliana Rodrigues, que se iniciou comigo na política, por via do papel que assumimos no Laboratório de Ideias do PS-Madeira, chega agora ao fim do seu mandato, tendo dado neste caso, como em tantos outros, um contributo determinante para o resultado final e prestado um grande serviço à Região. Estou certo de que noutras esferas, e em futuras funções, a Liliana continuará a dar o melhor de si à Madeira, honrando o Partido Socialista.

Cabe-nos agora, no próximo mandato europeu, construir em cima desse trabalho, desenvolvendo políticas certas para obter resultados certos. Precisamos da União Europeia e precisamos de um Governo Regional competente e justo na gestão dos Fundos Comunitários, de modo a que se combatam as desigualdades, que se construa uma sociedade mais coesa e que tenhamos um território com menos assimetrias.

É neste contexto, em que o Partido Socialista se prepara para governar a Região, que temos de defender a Madeira na Europa, numa coligação com a sociedade civil, trazendo novos rostos para a política, e dando oportunidades reais a uma nova geração que quer mudar a Madeira, e que é provavelmente a nossa geração mais qualificada de sempre.

É o caso da Sara Cerdas, a candidata do PS-Madeira ao Parlamento Europeu, uma jovem madeirense prestes a completar 30 anos, médica especialista em Saúde Pública, doutoranda pela Universidade de Estocolmo, dirigente em associações nacionais e internacionais, com experiência em funções na Direção Geral de Saúde, no Gabinete do Plano Nacional de Saúde e no de Gestão de Emergências em Saúde Pública, bem como no Grupo de Trabalho da Reforma da Saúde Pública. A Sara é um exemplo, como tantos outros nossos jovens, de talento e competência, determinação e trabalho, conciliando, inclusive, estudos e desporto, o que lhe permitiu ser campeã regional e nacional de natação, e recordista absoluta em várias modalidades.

Se queremos ser fazedores de futuro, precisamos contar desde já com esta nova geração, na maior abertura à sociedade civil realizada por um partido político nesta Região, liderando uma nova forma de fazer política, e criando condições para que tantos jovens que emigraram regressem, e para que outros não sejam obrigados a sair. Como professor, conheço de perto estes jovens, e acima de tudo, acredito neles, que querem fazer o melhor pela sua terra, que ousam fazer diferente, e que estão preparados para mudar a nossa História. A Sara Cerdas representa o que de melhor a Madeira tem, as pessoas, que são a nossa maior riqueza e o nosso maior potencial de desenvolvimento.

Tenho dito sempre que não temos petróleo nem diamantes, mas temos gente com talento, capacidade de trabalho e muita vontade de concretizar sonhos, e isso é quanto nos basta para construir o nosso futuro. A Sara Cerdas representa essa esperança que vai mudar a Madeira.

Artigo de opinião de Paulo Cafôfo, candidato do PS-Madeira à presidência do Governo Regional, no Diário de Notícias da Madeira a 6 de Março.