Falta de Professores na Madeira
A falta de professores e de professoras é já uma realidade preocupante em todo o país. Na Madeira, esse problema estrutural começa também a chegar ao interior das escolas, com consequências previsíveis ao nível da inexistência de docentes qualificados científica e pedagogicamente que garantam a qualidade das aprendizagens. O Governo Regional continua a não apresentar soluções e, para fugir à realidade, limita-se a afirmar que as situações são pontuais.
Na Região, a idade média dos professores em exercício no ensino público é de 47,8 anos e, conforme os dados publicados, nos próximos 8 anos, cerca de 715 docentes – 12% dos atuais – vão reunir as condições para se reformarem, isto é, a par do desgaste docente, assiste-se a um envelhecimento da classe sem que sejam adotadas estratégias de renovação progressiva.
O Partido Socialista considera que a Universidade da Madeira tem todas as condições para assumir um papel fundamental na resolução desta problemática, abrindo cursos via ensino nas áreas em falta, através de protocolos com a Região, como tem feito, e muito bem, em relação aos cursos de medicina.
PRR deve servir para iniciar novo ciclo de desenvolvimento
A Região vai receber milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Será uma oportunidade para investir em projetos estruturais que garantam um desenvolvimento sustentável.
Da mesma forma como a União Europeia não deixa nenhum país para trás, da mesma forma que não vamos consentir que o Governo de Portugal deixe a nossa Região para trás, também não vamos permitir que o Governo da Madeira deixe alguém para trás.
Defendemos que se torna fundamental libertar a Madeira da amarra da caridade e evoluir para a solidariedade, uma visão que sempre tem sido agenda e propósito do PS.
É importante que aproveitemos estas centenas de milhões de euros para iniciarmos um novo ciclo de diversificação da economia e criação de emprego (com salários mais justos). Que iniciemos um ciclo virtuoso de desenvolvimento. Temos recursos como nunca houve para o fazer.
O PS assume o compromisso por esta agenda de desenvolvimento, pelo escrutínio ativo, diálogo por uma autonomia ativa, fortalecida e de resultados e pela defesa intransigente dos interesses dos madeirenses e porto-santenses.
Estaremos sempre empenhados na construção de uma alternativa de governo que sirva a população, que sirva o desenvolvimento, a criação de emprego, a justiça social e os desafios do futuro.
Próximo Quadro Financeiro não pode ser oportunidade perdida
As verbas do próximo Quadro Financeiro Plurianual não podem ser mais uma oportunidade perdida para fazer face aos grandes desafios da nossa Região.
Estamos num momento determinante para o alavancar económico da Região e os madeirenses e porto-santenses não se podem dar ao luxo de desbaratar os valiosos recursos ao nosso dispor.
Consideramos decisivo apoiar na transição climática e digital, incentivar na competitividade e na evolução dos setores tradicionais.
Não será apenas com investimento público que se conseguirá uma Região competitiva e coesa.
É preciso continuar a trabalhar na resiliência do nosso território, na sustentabilidade dos recursos e combate às alterações climáticas. Servir a Região é assumir de forma séria estes compromissos, usando os recursos de forma comprometida com os objetivos. Liderar e avançar. E não governar numa base de operações de charme, chavões e lugares comuns.