Numa análise ao estado da Educação na Madeira, Rui Caetano revelou-se chocado com os dados sobre o abandono escolar na região. O coordenador disse que a resposta a este problema deverá começar por pensar a educação a partir da realidade e não a partir dos gabinetes, dando aos profissionais recursos e capacidades para que possam fazer diferente, garantindo melhores escolas e melhores aprendizagens.
Num debate em que muito se falou da importância da autónima dada às escolas, Jesus Maria Sousa, Professora Catedrática da Universidade da Madeira, fez um enquadramento da história da educação na ilha da Madeira numa tentativa de mostrar a evolução vivida. Para Jesus Maria Sousa, é essencial pensar um novo currículo “situacional e descolonizador” que garanta aos madeirenses oportunidades iguais às dos continentais.
Renato Carvalho, Presidente da Delegação Regional da Ordem dos Psicólogos, focou a sua intervenção no peso da educação no desenvolvimento social, chamando a atenção para a necessidade de olhar para estas questões de forma mais aberta e alargada às necessidades individuais de cada um dos intervenientes do processo educativo escolar.
A investigadora Ana Cristina Duarte concluiu esta mesa redonda sugerindo a importância de uma análise de forma mais profunda à intervenção política no aumento da autonomia das escolas e à vontade de descentralização demonstrada pelas administrações.